29 dezembro 2009

Já vi esse filme


É interessante ver como as leis mudam de região para região mesmo com um mundo globalizado.
Foi executado nesta terça feira Akmar Shaikh, britânico de 53 anos. Ele havia tentado entrar na China com quatro quilogramas de Heroína em 2007. No país o crime tem pena de morte caso a quantidade ultrapasse as 50 miligramas. O primeiro ministro britânico Gordon Brown disse ter ficado chocado pela decisão da justiça chinesa em condenar um deficiente mental. Akmar foi o primeiro europeu condenado a morte na China desde 1951. A Inglaterra acusa ainda a China de desrespeitar os Direitos Humanos condenando um prisioneiro sem fazer exames de deficiência mental.

O que é de se estranhar é justamente o fato de que a própria Inglaterra não respeitou as leis chinesas a 150 anos atrás na Guerra do ópio, onde continuou fazendo vitímas chinesas ao continuar com a exportação do produto no país mesmo após a proibição do governo. A consequêcia para o país, além da destruição da guerra, foi a perda de sua principal cidade portuária Hong Kong. Na época não "existia" Direiros humanos que só foi assinado na década de 1940, mas a Inglaterra continuou com a posse da cidade até 1997. Os anos se passaram, mas a moralidade dos homens continuam a mesma, respeitam sempre suas próprias regras mesmo que para isso tenha que passar por cima dos direitos dos outros.

Dificilmente a mídia de massa irá lembrar desse fato. Não que a China esteja certa, mas com certeza haverá sensacionalismo em mostrar chineses como monstros e ingleses como vitímas e defensores dos direitos humanos.

28 dezembro 2009

Revolução cultural na TV paga




Nos intervalos de programação da TV paga brasileira passam propagandas como esta do vídeo. Nela representantes da ABTA e da ABPTA criticam o projeto de lei 29/07, que define cotas na programação da TV à cabo. Na verdade eles vão além, iniciando uma campanha contra essa lei numa tentativa de pressionar os deputados.

O projeto de lei determina que 40 % da programação da TV paga deve conter conteúdo nacional (como filmes, programas e documentários), sendo 10 % para cada canal, incluindo canais estrangeiros. Esse sistema de cotas visa uma nacionalização da Televisão, tanto no setor econômico como no cultural. Tenta-se acabar com a entrega da programação ao capital estrangeiro como ocorre nos cinemas, onde predomina o cinema americano colocando os filmes nacionais em segundo plano. Lembra também a revolução cultural chinesa promovida por Mao Tsé-tung, em que grande parte da cultura chinesa era baseada na cultura ocidental. Mao proibiu a difusão da cultura estrangeira que com alguma escala pode ser comparada com a limitação aqui no Brasil. A polêmica se justifica no fato da baixa qualidade das produções brasileiras em relação às estrangeiras. O sistema de cotas disfarça o problema mas não o melhora, contrapondo as leis mundiais de livre comércio que adota o livre comércio. O sistema de cotas, obiviamente, é diferente de subsídios para beneficiar produções nacionais, interfere mais forte estabelecendo um limite para a importação de programas.

O projeto de lei desagrada tanto a TV aberta quanto a fechada. A TV aberta quer manter o seu monopólio com a exibição de programas nacionais e o seu maior mercado, haja vista que tem mais condições de chegar em áreas de difícil acesso do que a TV à cabo. A TV paga deseja a liberdade de programação e adota o slogan: "eu pago, eu escolho o que quero assistir". O que é incoerente pois o telespectador não escolhe a programação que deseja. Ele escolhe um pacote de canais em que sequer pode selecionar seus canais preferidos, tendo que muitas vezes comprar canais que não o interessa para ter todos os seus preferidos.


O projeto é favorável a cultura brasileira com um aumento do público. Mas não por ser melhor que a estrangeira mas pela "determinação" do governo. O assunto continuará a gerar polêmica pois para muitos interfere na liberdade mas para outros significa a nacionalização da cultura. Tudo depende do ponto de vista.

27 dezembro 2009

Terrorismo nos EUA em boa hora




"A Casa Branca já confirmou que houve uma tentativa de ataque terrorista num avião que se preparava para aterrisar nos Estados Unidos. O voo da Delta Airlines estava a vinte minutos de pousar quando um passageiro, de origem nigeriana, acionou um engenho explosivo. O autor, depois de detido pelas autoridades, confessou ser membro da Al Qaeda." RTP noticías

8 anos após os ataques de 11 de setembro o EUA volta a sofrer com ações terroristas. Desta vez não houve vitímas, devido ao fato do terrorista ter sido dominado pela própria tripulação. Mas as coincidências vão além de ter sido planejada pela Al-Quaeda, do líder Osama Bin Laden cuja família sempre teve boas relações com os EUA. Novamente o ataque se dá num momento em que o povo americano está meio decepcionado com seu presidente. Em 2001 George W. Bush apresentava baixos índices de popularidade e os elevou após os atentados. Neste ano Barack Obama estava com uma ligeira desconfiança dos norte americanos, após o êxtase da sua campanha. O acontecimento aconteceu justamente num momento em que se discutia o corte de gastos contra ataques terroristas e a retirada das tropas americanas no Iraque.

Isso confirma a hipótese apresentada em documentários como Fahrenheit 11/09 (de Michael Moore) e Zeitgaist (de Peter Joseph), que apontam pontos positivos em atentados para o governo americano.

Por exemplo:
-Maior influência dos americanos em regiões petrolíferas com as invasões de suas tropas nesses territórios

-Derrubada de um governo que entrava em conflito com os interesses norte americanos (Saddam Hussein no Iraque)

- Conquista de popularidade com o povo americano.

Esse fato pode aumentar a pressão no presidente Umaru Yar' Adua na Nigéria. A sua eleição foi acusada de fraude pelas potencias européias, ele é forçado constantemente a renunciar por causa de sua saúde complicada por problemas renais. O presidente quebrou uma espécie de politica do café do leite na Nigéria que alternava presidentes entre militares e civís a 46 anos. Foi a primeira transição de presidentes de civíl para civíl.

"Com o fim da Guerra Fria, quando a maior preocupação dos EUA era a luta contra a União Soviética, o que exigia alianças com os ditos regimes independentes do Terceiro Mundo, após 1991, os EUA sentiram-se capazes de realizar mais abertamente uma política colonialista de controle hegemônico, por meio de ações militares. Os ataques de 11 de setembro serviram como um eficiente pretexto para essa forma de intervenção norte-americana na África. (...)
A Nigéria era responsável (até meados de 2007) por 12% das importações de petróleo bruto dos EUA. Até 2015, estima-se que sua participação aumentará para 25%, uma parcela maior que da Arábia Saudita. A Nigéria é o maior produtor de petróleo na África e tem a 11ª maior reserva de petróleo no mundo. Atualmente ela produz 2,45 milhões de barris por dia, 42% dos quais vai para os EUA. Das três maiores companhias petrolíferas do país incluem-se duas empresas nortes-americanas, a ExxonMobil e a Chevron, além da anglo-holandesa Shell. (...)

O AFRICOM irá inicialmente operar em Stuttgart, a base alemã do Comando Europeu, antes de mudar-se para uma base permanente na África. Os EUA estão tendo o cuidado de não mencionar os seus planos, afirmando apenas que ajudarão a manter a paz, realizar missões de ajuda humanitária, treinamento militar e apoio aos países africanos aliados.
Os EUA alegaram que não planejam enviar um grande número de soldados para a região, como fizeram no Iraque. Entretanto, a presença de tropas norte-americanas causará a militarização do continente, possibilitando a deflagração de outra guerra em busca do controle dos recursos naturais estratégicos, como ocorreu no Iraque, com implicações muito maiores e mais perigosas.(...)" World Socialist Web Site (wsws.org)


Não quero insinuar nada, mas esse fato pode trazer muito mais benefícios ao EUA do que prejuísos. Tirem sua próprias conclusões.

26 dezembro 2009

É época de consumir


É Natal, o feriado mais esperado pelos comerciantes. As vendas dobram, o dinheiro circula; muitos empregos são gerados, mesmo que temporários; a solidariedade das pessoas se torna mais presente, enfim todos gostam do Natal. É a hora de se recuperar da crise e ganhar dinheiro, os números confirmam isso, as vendas cresceram 7% em relação ao ano passado.

Depois vem as férias...

O periodo de férias é, obviamente, quando o setor turístico mais fatura. Os hóteis ficam todos lotados, as praias também, ganha o dono da pousada, o vendedor de picolé, as empresas de transportes e os guias, as prefeituras das cidades ganham mais receita, parece uma maravilha. Mas e depois ?

Vem as dívidas, as dores de cabeça... e o material escolar ? o IPVA ? o IPTU ?
As contas atrasam, os juros exploram as pessoas, e quem sai perdendo diante disso tudo ? O povo.

É o jeito encontrado pelos banqueiros para continuar lucrando depois das festas. Como sempre explorando o povo. O que fazer então? Não comemorar ?

É preciso ter cautela nessa época, surgem muitas promoções, muitos atrativos para que se gaste o dinheiro, mas isso não é um luxo para todos. Deve-se saber o quanto gastar, não se deixar levar pela época para evitar preocupações futuras. O dinheiro foi feito para ser gasto, mas o homem ainda insiste em usá-lo para levar vantagem sobre os demais.

As possibilidades que o dinheiro traz são boas. Mas as melhores coisas da vida ainda são de graça.












Nada como o tempo




2 anos se passaram. Estou mais maduro, inteligente (sou o cara mesmo) e jornalista. Apesar da falta de apoio e da desvalorização no mercado, eu ainda quero ser jornalista. Não fraquejei, marquei com convicção quando me inscrevi na UFES - Comunicação Social/ Jornalismo- e tratei de estudar. Estudei muito, mudei meu jeito de ser, mudei meu modo de ver as coisas, fiquei mais chato, mas foi bom. Mudei e não sei se foi pra melhor. Minha familía não gostou. Fiquei meio metido a intelectual, quem sabe ?




Agora comecei minha carreira. Fiz o vestibular e se não acertei todas as questões, pelo menos marquei pontos em todas. Não sei se vou passar, mas isso é só um detalhe... Eu já sou jornalista, não preciso de diploma. Serei autodidata, como fiz durante os estudos para passar na UFES. Vamos ver no que vai dar.




Podia começar outro blog, ou pelo menos deletar os posts antigos (que por sinal são ridículos) mas não. Deixa aí. É a minha evolução.


Nesse blog eu escreverei sobre coisas "chatas": política, sociedade, filosofia, ciências e cultura. Mas pra não cair na rotina vou falar de futebol também. O objetivo aqui não é entreter ninguém (até porque eu não conseguiria) mas me treinar, me adaptar ao que virá pela frente. Se alguém ler, critique sem medo. É disso que eu preciso, sejam erros de portugês, informações erradas, opiniões contrárias, dicas, qualquer coisa que me faça melhorar.
Sinto que serei meu único leitor, mas quem tiver um pouco de compaixão e quiser me ajudar por favor não se acanhe.



Boa Sorte pra mim e tenham paciência comigo.