tag:blogger.com,1999:blog-359811262024-02-20T21:46:58.629-03:00Fobenetum título tão dadaístico quanto a personalidade de seu dono.Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.comBlogger78125tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-9521167258176056842013-12-26T05:01:00.000-02:002013-12-26T05:01:29.215-02:00Brincando de cabaninha<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj452sfQr6gqIdGZmnI7MzrwqLSMmprP7m81yYedF0FHmeTlBLeoSWvutu7Y9rWYwaC4trLalfF6qO01HG96TY7h9U0v7t_VMKEiJGVgI-1MmBn6FRDameIsSq8zQWla0mn3E_y/s1600/cabaninha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj452sfQr6gqIdGZmnI7MzrwqLSMmprP7m81yYedF0FHmeTlBLeoSWvutu7Y9rWYwaC4trLalfF6qO01HG96TY7h9U0v7t_VMKEiJGVgI-1MmBn6FRDameIsSq8zQWla0mn3E_y/s320/cabaninha.jpg" width="231" /></a></div>
<div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">
<br />Me deixa ser sua janela?<br />quero ser a ponte entre o seu intimo e o mundo,<br />quero ser o recorte do seu olhar,<br />quero ser o lugar que você se escora pra admirar o que se passa</div>
<div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">
quero ser...</div>
<div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">
<br /></div>
<div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">
Me deixa ser sua porta?<br />quero ver você se arrumar pra passar por mim,<br />quero te proteger e deixar trancado lá fora tudo aquilo que você tem medo que te atinja.<br />Também quero te deixar sair,<br />passe a chave em mim, me tranque bem pra ter certeza que ninguém vai me roubar,<br />depois passeie, vá se divertir,<br />mas vê se volta viu?</div>
<div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">
<br /></div>
<div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">
Me deixa ser seu chão?<br />quero ser o que te dá equilíbrio<br />quero que sua força pese sobre mim e eu te devolva ela do mesmo modo,<br />prometo que não te deixo cair.<br />Se cair eu me faço macio, pra logo em seguida me fazer duro pra te ajudar a levantar.</div>
<div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">
<br /></div>
<div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">
Ah, se só seu eu pudesse ser, eu seria.</div>
<div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-34895870983365346692013-05-22T19:03:00.003-03:002013-05-22T19:09:14.672-03:00Cenários - as reflexões que tive acampando no Pico da Bandeira<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enfim realizei algo que já desejava
há pelo menos dois anos: chegar ao topo do Pico da Bandeira, o terceiro ponto
mais alto do Brasil. Junto de outros quatro amigos planejei a viagem durante um
mês, nos preparando porcamente para subir e passar uma noite no ponto mais alto
da Serra do Caparaó. Pela falta de dinheiro e experiência em fazer trilhas
desse tipo, enfrentamos algumas dificuldades que até poderiam ter
impossibilitado cumprir o objetivo, mas pela disposição de nossa idade
conseguimos chegar bem até o final. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porém o que mais me impressionou
nisso tudo, e o fator que deve levar tantas pessoas a se interessar em subir a
montanha, é a efemeridade da existência humana. Por sermos seres sociais e
condicionarmos nossa existência a mudar o ambiente que vivemos, nos acostumamos
aos cenários que nossos próprios antepassados criaram. Nossas cidades, nossos
prédios, nossos carros, nossos objetos, todos produzidos há poucas décadas.
Tudo recente. Ao encontrarmos um item com mais de 50 anos, automaticamente já o
consideramos como algo estranho, pertencente a um mundo onde tudo era diferente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Durante as seis horas de subida,
passando por caminhos irregulares de pedras pontudas, longe de todo conforto a
que estava adaptado, de tudo o que pensava precisar para sobreviver, percebi o
mundo de um jeito que ainda não o entendia. Aos poucos, as espessas névoas
foram ficando para trás. Concentrado em onde pisar, com o olhar voltado para o
chão e a respiração cansada, mal pude ver as nuvens se dissipando e o céu
abrindo. Era bem na hora do crepúsculo, estava em uma posição acima das nuvens,
um horizonte avermelhado e triste que só tinha observado das vezes que viajei
de avião. Confesso que o achava estranho, e por vezes até entediante, aquele céu
limpo, literalmente vazio. Não havia montanhas, não havia prédios, nem árvores
e nem nada ao alcance dos olhos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com o acampamento montado meus
amigos foram dormir. Com frio e sem sono, resolvi sair da barraca. A lua crescente
e vistosa que figurara no céu desde a minha chegada desapareceu. Sem a luz da
minha lanterna, tudo se resumia a um mundo bidimensional. Enxergava apenas o
céu em um tom negro, repleto de incontáveis estrelas, e a massa negra e opaca
do terreno, sem nenhuma luz sobre ele, o que me impede até de chama-lo de
sombra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ali, pela primeira vez, tive
noção da existência do universo. Das estrelas que já estavam lá a milhões de
anos e daquelas que emitiam sua imagem sem nem ali estar mais. Aquele mesmo céu
foi visto por gerações que nem foram descobertas ainda. Aquele cenário viu o
nascer do mundo. Toda a história que conhecemos, todas as preocupações que
temos, tudo o que desejamos ser, tudo o que passamos, as guerras que
aconteceram, as evoluções que tivemos, o que destruímos, o que construímos, os
amores que vivemos, tudo não passa de mais um pontinho naquele céu, naquele
cenário, que no momento está aceso, mas um dia vai se apagar, enquanto outro
pontinho se acende.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pensando nisso, naquela noite, me
dei conta que não há nada que devo me preocupar. Toda decepção que eu tiver,
todos os erros que eu vier a cometer, ou ainda que eu tenha acertos, tudo isso
não será nada nesse cenário. É como se as cidades que criamos fosse uma forma
de nos enganar e acreditarmos que o que fazemos será de alguma forma importante
dentro daquele recortezinho que nos convencemos de que é o mundo. Enquanto que
o universo permanece ali, imenso, rindo, desse ser tão pequeno e convencido que
somos. Seres atrapalhados, seres perdidos. Heh<o:p></o:p></div>
<div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-22045072198543979292013-04-01T20:55:00.002-03:002013-04-01T20:55:22.875-03:00Eu existo!<br />
<div class="MsoNormal">
“Não há homem ou mulher que por acaso não se tenha olhado ao
espelho e se surpreendido consigo próprio. Por uma fração de segundo a gente se
vê como a um objeto a ser olhado. A isto se chamaria talvez de narcisismo, mas
eu chamaria de: alegria de ser. Alegria de encontrar na figura exterior os ecos
da figura interna: ah, então é verdade que eu não <u>me</u> imaginei, eu
existo!”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
trecho de "A descoberta do mundo", de Clarice Lispector.</div>
<div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-7672296374727573912013-01-27T11:36:00.000-02:002013-01-27T11:36:12.670-02:00Quem são vocês?<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não tenho como deixar de pensar o
que as pessoas acham de mim. Queria dizer o contrário, que sou independente e
faço o que eu faço pensando só na minha satisfação. Mas isso seria uma grande
mentira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Numa noite dessas, lendo algum
livro remoto, com o pensamento distante – letrinhas são meticulosamente
hipnotizantes para minha mente disléxica – me peguei querendo saber qual
impressão fica em quem lê o que escrevo. Quem são estes leitores? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Às vezes os penso serem pessoas
próximas, com um impulsivo interesse súbito por mim e que resolvem me stalkear. Até
onde uma pequena pesquisa poderia os levar? Penso que não deve achar grande
coisa o que lê, neste momento. Se veio querendo saber se escrevo bem, aviso que não tenho uma técnica tão boa a ponto de romper
com barreiras de tempo e espaço e transcender um diálogo direto com você. Se
quer saber mais sobre quem sou, te adianto que sou um cara legal. O problema é
que não consigo provar isso facilmente. Se és alguma garota, que por algum
acaso, se apaixonou por mim, não tenha medo de eu a rejeitar. É provável que se conseguiu me achar algo a mais do que simplesmente legal, é bem capaz que também esteja
apaixonado por você. Demorarei para perceber, como tenho feito até aqui, mas
mantenha suas esperanças, pelo meu bem. Se não for esse o caso, tento te
imaginar agora como alguém que acaba de ouvir meu nome por algum feito
interessante. Pelo menos é o que quero acreditar, que eu consigo fazer algo de interessante aos alheios. Se está lendo meu grande
best-seller agora ou ficou sabendo da minha trágica morte, – como sempre sonhei,
trágica, com bastante cobertura da mídia, de preferência com bastante comoção,
se possível, em âmbitos nacionais – pouco me importa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Talvez você seja neste momento <u>eu
mesmo</u>, separado por alguns anos de vida. O que está achando do que éramos? Algo
engraçado, que no seu tempo parece ridículo? Pois saiba, seu engraçadinho,
que só escrevo coisas assim, pensando em treinar, para que um dia você possa
desfrutar de alguma técnica de escrita. Aliás, espero bastante de você.
Quantos livros publicados já possuímos? Ao menos construímos uma família feliz,
que faça valer a pena enfrentar nosso velho problema em ter de trabalhar?
Espero que tudo que tenho feito esteja valendo a pena. Confesso que ando
preguiçoso, mas poderia fazer muito menos por nós e me divertir com o que me resta
de juventude, em vez de ficar lendo alguns autores e escrevendo textos
aleatórios, só pela prática.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<u>De repente nem eu mesmo venha a
me ler</u>. De vez enquanto até aparece umas visitas nas estatísticas do blog, mas
desconfio que é só alguém pesquisando por uma imagem qualquer que eu tenha
relacionado. Mas pode ser que o Blogger por algum motivo simples ou uma conspiração
das agências internacionais de inteligência resolva deletar minha conta, e com
ela tudo o que escrevi até aqui. A minha fase infantil, a minha fase em que eu
achava que era sério mas ainda era infantil, a minha fase apaixonado e esta
minha fase cínica, irônica e pessimista. Deixarei gravado no meu computador,
mas é provável que não lembre deste doc ao fazer meu backup. Talvez devesse
imprimir, colocar este texto em alguma garrafa e jogar no mar. Parece-me tão
bonito. Mas não farei isso, é um meio tão singelo de deixar uma mensagem para a
posterioridade que a decepção com um texto apenas razoável estaria garantida, modéstia
à parte. Sempre se espera mais de alguém que tome uma atitude dessas, por isso
não o farei.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não sei pra quem escrevo, vou engolir
essa curiosidade por enquanto. Tudo que eu queria agora era ser onisciente e
saber o que as pessoas pensam de mim. E tomara que elas me achem melhor do que
eu acho que eu sou. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ou que possa ter sido.<o:p></o:p></div>
<div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-54527027037179808362013-01-04T04:22:00.001-02:002013-01-04T04:23:19.562-02:00Minha cela, minha vidaMe sinto um condenado.<br />
<div class="MsoNormal">
<br /><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Condenado ao fracasso e a uma vida medíocre. Tenho tido
tantas ideias, tantas propostas de mudança em meu caminho, tanta coisa que eu
poderia fazer, planos de vida, atitudes que me tirariam desse marasmo tedioso
que sou. Porém tudo se esfarela ao vento e meus sonhos se perdem em algum
momento, se transformando em memórias distantes com prazo para serem
esquecidas. <o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu sou o condenado e as minhas ideias são o sol, vistas de
uma janela quadrada com grossas barras de ferro. <a href="http://www.youtube.com/watch?v=M1i-iGxUz9M">Como um presidiário</a> que
lamenta não mais sentir a luz do sol se transformando em calor em sua pele, sou
o fracassado diante de um futuro tão interessante e um presente tão vazio.
Minhas noites me levam a sonhos e possibilidades incríveis, mas o dia sempre
vem carregado de obstáculos muito mais fortes do que eu. Enquanto isso, tento
me fortalecer e ser capaz de traçar uma rota de fuga, enganar a mim mesmo ou ao
menos fingir que um dia largarei <a href="http://www.allejo.com.br/wp-content/uploads/2012/10/sol-nascer-quadrado.jpg">esta minha cela</a>, este meu casulo. Só espero
que o amanhã não seja tão rude e me deixe ao menos essa esperança.<o:p></o:p></div>
<div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-60727565993826849582012-12-01T03:33:00.002-02:002012-12-01T03:55:23.949-02:00Eu de bobs me encontrando no meio de livros<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">"Eu nunca seria capaz de escrever sobre acontecimentos reais da minha vida, não só porque ela, como aliás a de quase todos os escritores, nada tem de extraordinário ou interessante, mas também porque eu me sinto mal só de pensar que alguém possa conhecer a minha intimidade. É claro que eu poderia camuflar os fatos com uma aparência de ficção, passando da primeira para a terceira pessoa, acrescentando um pouco de drama e comédia inventados etc. É isso o que muitos escritores fazem e talvez seja a razão pela qual a literatura deles é tão fastidisiosa. (...) Oque fiz nestes três meses? Comi, dormi, li alguns livros, vi televisão, fui ao cinema, me envolvi com três mulheres, coisas que não interessam a ninguém, nem mesmo a mim, e no entanto aqui estou contando tudo para um objeto eletrônico, quadrado, movido a pilha."</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Rubem Fonseca, em Pierrô da caverna de 1989, descrevendo os motivos (?) pelo qual eu mantenho esse blog.</span></div>
<div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-59806232669318031842012-11-26T04:55:00.000-02:002012-11-26T04:55:45.271-02:00Fantasmas<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tenho andado tanto no meu subconsciente que começo a
confundir as coisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nos meus pensamentos gosto de sonhar e imaginar dias mais
felizes, quando passar a me sentir mais completo ou ao lado das pessoas que eu
goste. Imagino amigos fiéis, <a href="http://24.media.tumblr.com/tumblr_mdc5dlSrhd1rgyfnjo1_500.gif">dispostos a fazer aquele tipo de loucura que agente só faz pra contar na posterioridade</a>. De imaginar a mulher que irei amar
com toda sua perfeição e compatibilidade a mim. De como poderei me depositar
sobre ela, com minhas dúvidas, meus problemas e minhas carências (mas esqueço
de pensar em como darei suporte para que ela também se deposite sobre mim). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">São os moldes que a gente constrói dentro da cabeça. As
pessoas ideais, as pessoas </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">invisíveis, os nossos fantasmas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Só que aí voltamos pro mundo real, conhecemos quem a gente
pensa ser aquele tipo de amigo ideal ou a pessoa que vamos amar. No começo
parece tudo se encaixar, temos a nossa dose de felicidade, de satisfação,
aquela pequena quantidade suficiente para ser o combustível que nos permitirá
sonhar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Então aparecem os fantasmas da nossa cabeça pra estragar
tudo. Eles se misturam com a imagem que formamos das pessoas próximas,
limitando a infinidade de coisas que elas podem ser. É quando chegam as nossas
decepções. Esquecemos de exercitar o nosso lado mais experimental, disposto a
sentir coisas novas. <a href="http://25.media.tumblr.com/tumblr_m4l25ndgB91r0yqr8o1_500.gif">Os fantasmas nos prendem a esperar apenas aquilo quedesejamos das pessoas reais.</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pior ainda é perceber que os fantasmas de outras pessoas
começam a se misturar com a gente. Quando a gente começa a querer agradar e
limitar a nós mesmos. Difícil lidar com esses seres (seres? Será que eles “são”,
no sentido de ser/existir?). Difícil não se deixar esconder atrás de um ideal e
exercer nossa identidade. Difícil saber se o que queremos são fantasmas ou
pessoas de verdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">p.s: só queria desabafar, não queria quebrar muito a cabeça
e fazer um bom texto. Por isso ficou essa coisa ridícula parecendo autoajuda.
Aliás é um autoajuda, pois só ajuda a mim mesmo, seu autor. Enfim.</span><o:p></o:p></div>
<div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-55036615460620754422012-07-13T18:43:00.000-03:002012-07-13T18:43:07.878-03:00mto agradecidoah obrigado blogger,<br />
por satisfazer minhas vontades de colocar o que penso na rede sem que ninguém veja.<div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-25500286341941264622012-07-13T18:41:00.000-03:002012-07-13T18:41:22.191-03:00compensaçãoNão é preciso ser muito bonito quando se é inteligente.<br />
E vice-versa<div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-34096122889329459952012-07-13T18:40:00.001-03:002012-07-13T18:40:05.981-03:00poder supremo<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">quando estava na escola <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">era torturado por meninos maiores que começavam a descobrir
o gosto do poder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">tomava beliscões, cascudos e empurrões<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">escondiam minhas coisas e me humilhavam, dizendo de mim tudo
que já sabia mas não gostava de ouvir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">algo que repeti tudo de novo quando cresci, ao chegar minha vez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">agora enfrento essas moças meigas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">não há nada mais irritante e apaixonante que essas suas inocências<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">sem querer, entro em seus joguinhos e me deixo
envolver<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">usam de suas falsas ingenuidades para me confundir e mesmo perdendo pareço ser o mais errado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">de alguma forma conseguem ser tão cruéis como aqueles
valentões e tão dóceis como suas vítimas.</span><o:p></o:p></div><div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-51331543578065142332012-07-02T02:21:00.000-03:002012-07-02T02:21:17.913-03:00Conto padrão de pós-briga<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Pegou as chaves do carro e saiu. Buscou na rua proteção
contra as divergências que tinha em casa com sua mãe. As discussões haviam se
tornado mais constantes após o filho ingressar na universidade. Ele ainda
estava se acostumando com sua autonomia e era em casa que sempre procurava
testar limites.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A discussão havia começado por um motivo tão banal que mal
se lembravam qual era, mas sempre se resumia na luta da mãe por hierarquia. Ela
o criara dando-lhe bastante liberdade, pedia opiniões sobre as aquisições da
casa, colocava-o a par dos negócios da família e até o incentivava a assumir as
rédeas das finanças. Ele até ameaçava assumir seu posto, mas se irritava
facilmente e desistia antes de começar. A mãe o apoiava e sequer o pressionava
por ainda não ter começado a trabalharas. Ela somente se irritava pelos
caminhos errantes que o rapaz escolhera ao rejeitar sua religião. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Saiu do bairro que morava sem nem mesmo saber onde iria. Gostava
da estrada como cenário para reflexões, talvez por influência do pai que o
havia deixado aos sete anos para se tornar caminhoneiro. Parou em uma loja de
conveniência e comprou um maço de cigarros. Não tinha o hábito de fumar, se
interessava mais na impressão rebelde que um cigarro o deixava. Mal conseguia
tragar e dirigir ao mesmo tempo. O rádio estava com a opção de músicas
aleatórias acionada e a trilha não combinava com seu humor, mas ele nem ligou.
Gostava mesmo era de dirigir e se deliciava em deslizar por entre os carros em
alta velocidade. O carro era quase de sua idade e de um modelo que não teria
muito valor para a maioria das pessoas. Talvez por isso se identificasse tanto
com o veículo. De tanto o dirigir, até sentia que o carro havia se transformado
em uma extensão de seu corpo. Era o único espaço em que conseguia privacidade.
Gostava de como fazia se lembrar do pai e de como era inadequado para sua
condição social. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O rapaz pertencia a uma classe média emergente, mas
rejeitava e se sentia rejeitado por essa condição. Preferia sempre lugares e
pessoas mais humildes, onde o papel social fosse o que menos importasse. Acabou
deixando o carro o levar para um bar onde costumava se encontrar com alguns
amigos, bem afastado do local em que morava. A rua do bar era pouco habitada
durante à noite e bastante violenta também. Era o limite entre a área em que a
polícia monitorava e de onde os traficantes se tornaram mais soberanos que o Estado.
Ele não tinha medo do lugar, na verdade se sentia mais seguro. Pelo menos os
preceitos de que fugia não o alcançariam ali. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Seus companheiros eram em sua maioria mais velhos e menos
instruídos que o garoto, mas ainda assim o respeitavam. Lá eles começaram a
assistir lutas na tv. O garoto não era o maior fã do esporte, mas se deixou
perder por algumas horas concentrado naquelas disputas. Dentro daquele cenário
ele parecia se transformar e assumir uma personalidade bem mais simples do que
passava em casa. Mesmo possuindo conceitos diferentes dos amigos, conseguia se
dar bem com eles a ponto de assumir para si, algumas de suas características,
principalmente quanto ao modo de falar. Gostava de levar para casa e para a sala
da aula muito do que aprendia ali. Considerava-se capaz de percorrer os dois
mundos com facilidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Um de seus amigos o chamou para uma festa perto de onde
morava. Achou engraçado como o lugar de que tanto fugia voltava para
assombrá-lo. Esperou até o início da madrugada para decidir se iria. O amigo,
afoito, olhava a todo tempo para o relógio a fim de ir logo para a festa. Ele
pensava no que faria após a luta acabar, estava determinado a deixar a mãe
preocupada com sua demora. Tinha até se precavido de esquecer o celular em
casa, em cima da mesa da cozinha, onde a mãe acharia com facilidade. Pensou em
recusar o convite e ir a um bar próximo dali em que artistas independentes
tentavam impressionar um público adolescente cheirando a álcool. Achou que se
sentiria desconfortável por não ter nenhum conhecido no local. Ainda que se
considerasse interessante, era tímido demais para puxar conversas com
desconhecidos. Além do mais, acreditou que o público não lhe agradaria tanto,
apesar de gostar do estilo de música do ambiente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Antes mesmo do fim, já perdera o interesse nas lutas e,
entediado, bocejou. Olhou para o afoito amigo e decidiu confiar a ele o destino
para qual iria. No carro chegaram a um assunto envolvendo mulheres. Ouvia as
queixas do companheiro que se desapontara com uma mulher com quem tinha feito
planos. O amigo, quase dez anos mais velho que ele, já começava a se preocupar
em se casar e ter filhos. Talvez fugindo desse encargo que havia arranjado para
si, procurava sair à noite em busca de prazeres passageiros. Sem ter o que
dizer para consolar o companheiro ele se sentiu desconfortável e culpou-se por
não poder ajuda-lo. Queria ter algo para lhe falar naquele momento, qualquer
coisa, mas não conseguiu abrir a boca. Seu silêncio fazia transparecer a
diferença de idade entre os dois. Se sentiu menos maduro por isso. O local,
desconhecido por ambos, começava a se aproximar e o assunto acabou deixado de
lado para que se discutisse qual caminho deveriam seguir. Eles pararam o carro
próximo a uma boate. Com sono, o garoto mais novo preferiu não ir para a festa
com o companheiro. No meio do caminho enquanto ouvia as queixas do colega na
viagem, decidiu voltar para casa. O amigo lhe assentiu com a cabeça sorrindo e
se despediu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Em casa o cenário não transmitia a confusão que armara antes
de sair. A mãe assistia tv na cozinha e nem lhe perguntou onde havia ido, mesmo
com ele tendo se ausentado por umas 6 horas desde a discussão. Em tom afável perguntou-lhe
se queria algo para comer e ele, igualmente dócil, disse que não. O
relacionamento entre os dois era tão intenso quem nem precisaram trocar pedidos
de desculpas. Era comum que após uma briga, os dois se afastassem por algumas
horas e voltassem a se falar normalmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Com um beijo a mãe lhe deu boa noite e se juntou ao irmão
mais novo para ir dormir. Sozinho, na madrugada, procurou por algo para beber
na geladeira e sentou no sofá. Deixou-se distrair pela tv e decidiu que
terminaria aquela discussão em uma outra oportunidade.</span><o:p></o:p></div><div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-2422805069566830112012-06-26T04:27:00.004-03:002012-06-27T05:27:16.621-03:00pensamento fora de horasó penso em hora errada<br />
não penso na hora de falar oq penso, ofendo alguém e falo sem dizer<br />
penso mto na hora de falar oq penso, e dizer o qnto penso em vc<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-45552657597174925432012-06-24T03:19:00.001-03:002012-06-24T03:19:35.229-03:00dúvidaso que será que o tempo reserva pra nós?<br />
será que andarei com vc pela praia, esperando o por do sol?<br />
será que vc ainda vai rir das minhas piadas por mto tempo?<br />
quanto tempo vai levar pra vc esquecer de mim?<br />
será que me esquecerei de vc?<br />
<br />
me sinto covarde...<br />
acho que me sentiria menos impotente se não pudesse mudar o tempo.<br />
por quanto tempo vou te amar eternamente?<div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-39568401804927695122012-06-13T06:30:00.001-03:002012-06-13T06:30:50.874-03:00labutaPressionam para ter um emprego, pressionam pra ter uma função<br />
viver fica em segundo plano. um detalhe, mera distração.<br />
dom natural da vida é trabalhar<br />
<br />
antes já sonhava com a aposentadoria, mas prorrogaram meu prazo de validade<br />
salvem a economia, condenem a liberdade.<br />
dignidade?<br />
minha vocação é ser feliz<br />
morro pobre, mas não morro frustrado<br />
indigno, do jeito que sempre quis<br />
<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-46016464914056567452012-06-13T06:12:00.002-03:002012-06-13T06:14:16.743-03:00passividade, paciência e paixãoNão busco reconhecimento<br />
nem busco compreensão<br />
não te quero por merecimento<br />
só te quero por paixão<div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-65402847842732839792012-06-09T02:41:00.003-03:002012-06-09T02:42:16.844-03:00Antropofagia<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">De que adianta ser um bom ou um mau jornalista, se o que se faz é o que lhe é proposto?</span><br />
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">De que adianta ser um bom ou um mau jornalista, se no final ninguém entende o que se diz?</span><br />
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Fagocitem-me e deixe essa porra continuar existindo.</span><div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-72643353048394071272012-03-13T20:39:00.000-03:002012-03-13T20:39:03.241-03:00Reflexão de um babacaEu me achava tão inteligente, que me fingi ser burro pra parecer mais simples... agora já não sei se virei burro ou se desaprendi me fingir de inteligente. As aparências enganam... até o dono delas.<div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-30901981025606539862011-09-14T19:49:00.005-03:002011-09-14T21:00:50.373-03:00Meu guru é um meme<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaD6fgxorI_ipi-dP3Oa3hllIExOB-5IdXn6sZOm4X9F0awA7Y6zImnWKHOBqUJQKCd7dERLIqnbZzTSYjJR9N8fN6UsGVKr7YlTeDLOa8TifUqhlAVXtS1tGP0KNqeSING9bJ/s1600/yao-ming-meme.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="158" rba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaD6fgxorI_ipi-dP3Oa3hllIExOB-5IdXn6sZOm4X9F0awA7Y6zImnWKHOBqUJQKCd7dERLIqnbZzTSYjJR9N8fN6UsGVKr7YlTeDLOa8TifUqhlAVXtS1tGP0KNqeSING9bJ/s200/yao-ming-meme.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Que se foda essa merda!</td></tr>
</tbody></table>
Rapaz, tenho vivido de maneira muito boêmia. Minha principal obsessão tem sido ganhar a Champions cup com o Guillighan no Fifa 11. Comprei um livro e me propus a ler 25 páginas por dia, mas a realidade é que tenho lido 50 por semana. Ir pra faculdade tem sido como ir para a escola durante a oitava série. Vou só por obrigação da minha mãe. Até gosto das aulas, mas gosto mais de jogar videogame.<br />
<br />
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pensar o futuro saiu da minha cabeça, entendo isso como uma lição aprendida na época do hospital. Ficar aqueles 10 dias na UTI, que pareceram 1 mês, me esclareceram algumas coisas. Até fico chateado quando algo não dá certo, mas não consigo mais me preocupar. O motivo de sermos estressados é o medo das consequências dos nossos erros. Nessa minha nova vida de niilismo e de despreocupação, percebi que as consequências não são tão ruins. Esse medo a potencializa e move os trabalhadores. <span class="Apple-style-span">"-</span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">Trabalho em cinco empregos, não consigo matar a fome dos meus filhos, mas só me preocupo por causa do meu medo? VSF, burguês de merda!"</span> </span>Dormi, quando deveria estudar. Joguei videogame quando deveria trabalhar. Saí quando deveria ajudar. Ri quando deveria chorar. Se soubessem como ser responsável é bom, não tinha desejado ser adulto. Sou o cúmulo da sem-vergonhice: estagiei por 10 meses, sem nenhuma pressão e considerei isso um “trabalho”. Pior, arreguei por isso.<br />
<br />
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Perdi até a vergonha de ser fracassado, que se dane trabalhar agora pra que? se minha mãe tá me sustentando. <span class="Apple-style-span">"<span class="Apple-style-span">- Eu sei que tem muita gente passando fome, sendo explorado e tals, mas ow, mim dá lincença que eu quero jogar?" </span></span>Alguns podem achar que estou tentando esconder que cheguei no fundo do poço, mas tá parecendo que eu tô no auge. Posso não estar, mas a aparência já me satisfaz.<br />
<br />
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acho que viver desmotivado é o segredo da felicidade, que diga o Yao Ming.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-35085334032314826572011-07-07T09:08:00.002-03:002011-07-07T09:14:43.050-03:00Was talk<p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span">Ainda que não tenha te visto, sinto sua presença<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span">Se ainda não é concreto, será você a minha crença?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span">Isso é complexo, definitivamente coração não é tão simples quanto pensa <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><o:p><span class="Apple-style-span"> </span></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span">De tanto procurar, o acaso me trouxe uma surpresa<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span">Tudo o que eu queria, ainda que não mereça<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span">Encontrei o castelo que esconderam minha princesa<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><o:p><span class="Apple-style-span"> </span></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span">Vem pra mim que nosso amor é culto e oculto<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span">Que tal fugir e esquecer desses puto?</span><o:p></o:p></p><div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-49743466950577023602011-06-15T19:48:00.004-03:002011-06-15T20:04:37.869-03:00Irresponsável<div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Amigos, volto a publicar no blog por um motivo especial. Estou me demitindo aqui da empresa, um alívio muito grande depois de quase um ano se arrastando entre a faculdade Pio XII e a Ufes. Acredito que agora terei mais tempo para pensar, para criar, estudar e ter uma formação melhor. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Engana-se quem acha que estágio ajuda em algo, pelo menos pra mim não resolveu nada. Estágio é uma coisinha típica de país de terceiro mundo, onde em universidade se aprende a trabalhar, e do jeitinho que o mercado quer. Cansei disso, Comunicação é um curso muito bom mas tem salários mediocres, pra que que eu vou ficar preso a uma máquina de produzir trabalhadores, enquanto poderia tá criando algo interessante. Quase morri pra entrar numa universidade federal, pra me formar de maneira tão superficial? Pra Puta que o pariu.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Tive meus momentos bons aqui na empresa. Principalmente na parte financeira. Conquistei alguma independência em relação aos meus pais e não perdi um caravana pros jogos do Corinthians nesse período, mas quer saber, não compensa! Vou é engolir meu orgulho e aproveitar a oportunidade que eu tive, de não ter obrigações na vida. Curtir esse período de irresponsabilidade e fazer muita cagada. Daqui uma semana tô saindo fora pra tentar salvar esse período ainda. Mais uma vez vou mudar a característica do blog. Chega de seriedades, vamos buscar mais pessoalidades. Quem sabe um dia ainda viro cult..rs</span></div><div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-61119707100385996962011-03-28T18:37:00.006-03:002011-03-28T19:36:33.873-03:00Eu, o domingo e as minhas dores<div style="text-align: justify;">As 24h depois de uma derrota são como uma ressaca lenta e dolorosa. Mas depois que a dor passa, e falo por isso porque já passei muita esse ano, vejo que ela nem era tão grande assim e seria capaz de enfrentá-la de novo. Passei três tipos de dores diferentes no domingo que pensei que fossem me destruir. Mas eu ainda estou aqui, rindo e me sentindo mais forte. Então vamos descrevê-las, uma por parágrafo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6KVTPiPpTTx2d8CQcP3rH6L_f9iSHVS4LeeQMp4D9sAr7Neci12rEdkibP7nwcYnEccTCdZznQFA3VpXtwl8AsekgIOUi4O2r8zUhyphenhyphenoU74FZi7uViKiNwCOGoYD9LhXWkCpdi/s200/Cristian+da+dedo+para+torcida+do+s%25C3%25A3o+paulo.jpg" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 134px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589262356694967538" /><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><b>Corinthians x São Paulo</b></span>.<br />Para muitos o futebol não é merecido de emoções por parte dos torcedores. Já tentaram me alegrar muito com essa ideologia após derrotas. Mas quem me conhece, sabe que dou muita importância ao Corinthians: sofro, choro, entristeço e até adoeço por ele. Perder para um rival não é fácil, ainda mais quando de uma só vez perdemos a freguesia de quatro anos invicto, a liderança e ainda ver esses bambis comemorando uma marca histórica em cima da gente. Pois bem, todo duelo que se só ganhe perde a graça. É como deixar o irmão mais novo ganhar de vez enquanto, só pra incentivar ele e ver se lá na frente nos divertimos mais ao ganhar dele. Ver o Bambi Ceni fazer 100 gols deu raiva, mas quem joga há 20 anos num mesmo time como titular, batendo todas as faltas e pênaltis já devia ter passado dos 100 há muito tempo. E pra finalizar o Corinthians perdeu com honra, com 9 jogadores em campo pressionou até o final e não abaixou a cabeça com a derrota. De quebra ainda estamos na frente delas no campeonato.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn_W8E0N_CZ5_Ysbu3FPrgIfonMeZ5aCLAKQukHtuz0gfLtFpRT0c1c-kUtQT0DR3q1G14UEp2LuThzO5wSALpDkNaXIhwYPRElUCfKxnH6p54lO_EoJu-mtzgug2U81NrgGlp/s200/coracao-partido.gif" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 120px; height: 100px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589262552828462834" /><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><b>Decepção amorosa</b></span>.<br />Quem já sentiu essa dor, sabe que ela demora pra passar. Por vezes até dá prazer em senti-la. Pois é muito chato quando não conseguimos nos concentrar por pensar em alguém, quando todos os filmes e todas as músicas parecem estar falando de você, quando ficamos de uma a três horas na cama pensando em como seriamos felizes juntos, como nos combinamos e tudo mais. Isso acontece comigo o tempo todo. Sou o mestre das paixonites agudas. Insisto em amar platônicamente, sem coragem para demonstrar e quando o faço, sai tudo do jeito errado. Mas pelo menos tem um lado bom, as paixonites agudas quando mal ou não concretizadas passam e não deixam cicatrizes. Agora quando se concretiza, hmmm fica uma marca que demora a sair. Em mim demorou uns dois meses. Amei demais uma pessoa (fiz até poema pra ela). À minha maneira, tentei até demonstrar meu amor, sempre tomando o cuidado pra não ser um chato, um psicopata perseguidor ou algo parecido. Mas aconteceu rápido demais e minha parceira não me aco</div><div style="text-align: justify;">mpanhou na paixonite. Me entristeci e me afastei um pouco, até porque coincidiu com minha recente internação no hospital. Pra dizer a verdade já até mudei de ideia quanto ao que ia escrever aqui... definitivamente essa dor ainda não passou, vamos pro outro parágrafo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrvz7Ax1H-uyyTjDMQFLhzZDco47Pi1UGtGuuiMdkL6o-IGFACuue4s5NGeQK4S1nR2ApCyB3WZXAk5i5xJPV7RZfuOzVeUEx30L3Q7u4jov7JkbTSWuE5jOC3PlemRmcJ2NjG/s200/admissps.jpg" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 134px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589262737288977874" /><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><b>Aahhh o Hospital</b></span>. </div><div style="text-align: justify;">Ele tem sido minha segunda casa este ano, por conta de uns tais coágulos tive que voltar ao hospital ontem e por pouco não engulo mais uma internação (but I said no, no, no). O fato é que mais uma vez deitado no pronto socorro olhando pra cima (porque minhas cirurgias foram todas na parte frontal do tronco e só dá pra deitar assim) pensei porque eu estava passando por aquilo tudo. Tenho 19 anos e uma aparência relativamente saudável, então todos que passam por mim no Hospital se ou me perguntam: "O que esse menino faz aqui?". Já estou até acostumado, mas ontem por falta de um passatempo melhor, fiquei tentando responder essa pergunta. Maus hábitos? Não. Sempre me exercitei e por ser vegan tinha uma alimentação bem balanceada, não tenho nenhum histórico familiar de doenças deste tipo. Aí senti aquela pulguinha atrás da orelha que todo ateu sente de vez enquanto: será castigo de Deus? Na cabeça me veio toda aquela reflexão retórica de ciência x religião, cujo em nenhum dos dois campos tenho um conhecimento assaz considerável. Por coincidência um amigo católico me veio depois com uma conversa de que "Deus ou age por amor ou pela dor, ele tá te mostrando os caminhos, quando você amadurecer vai perceber o quão errado está". Por mais que pareça sensacionalismo ou oportunismo para os mais céticos, na hora eu considerei muito o que esse amigo disse. Mas a verdade é que dores físicas só doem no momento, agora que eu estou melhor não tenho tempo pra pensar nessas coisas. Foi o que decidi fazer há algum tempo atrás. Se não posso responder essas perguntas, vamos conviver com elas, esquecendo-as ou armazenando conhecimento para um dia ter um veredito. Mas é certo que quando a dor voltar a pulga volta também</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Enfim, é assim que lido com as minhas dores. Na verdade superei foi porra nenhuma, apenas estou ignorando #ficaadica</div><div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-9105155569774165452011-03-25T00:17:00.005-03:002011-03-25T00:25:34.536-03:00Um pouquinho de Cazuza em mim<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqs6Q0J_zWDzlbgPl-uV-DzoEUbz-7F3Wpu-60X3atEJHNHn4BHkKUTByF0u4m3bXZ6KPumHSJFxuLPCU0XdASK_KdPpqZUceWyB18vvjNjLisxOLdRytJwTnL0FCeMPPXwfSz/s1600/OgAAADlGK9MPGKcmueFHcqQSkW-SQdFZJoTZprz8CMGarvnlC3gl2Zdkb3WoT6rExGn1nuG66eaXbiFp6c3uugjWDm0Am1T1UNFN2cT90-0s_O3Ko_WEw5sVLY0H.jpg"><img style="text-align: justify;float: right; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 10px; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px; " src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqs6Q0J_zWDzlbgPl-uV-DzoEUbz-7F3Wpu-60X3atEJHNHn4BHkKUTByF0u4m3bXZ6KPumHSJFxuLPCU0XdASK_KdPpqZUceWyB18vvjNjLisxOLdRytJwTnL0FCeMPPXwfSz/s200/OgAAADlGK9MPGKcmueFHcqQSkW-SQdFZJoTZprz8CMGarvnlC3gl2Zdkb3WoT6rExGn1nuG66eaXbiFp6c3uugjWDm0Am1T1UNFN2cT90-0s_O3Ko_WEw5sVLY0H.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5587851882435749250" /></a><div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqs6Q0J_zWDzlbgPl-uV-DzoEUbz-7F3Wpu-60X3atEJHNHn4BHkKUTByF0u4m3bXZ6KPumHSJFxuLPCU0XdASK_KdPpqZUceWyB18vvjNjLisxOLdRytJwTnL0FCeMPPXwfSz/s1600/OgAAADlGK9MPGKcmueFHcqQSkW-SQdFZJoTZprz8CMGarvnlC3gl2Zdkb3WoT6rExGn1nuG66eaXbiFp6c3uugjWDm0Am1T1UNFN2cT90-0s_O3Ko_WEw5sVLY0H.jpg"></a><div style="text-align: justify;">Num desses dias em que a gente fica na frente da tv, trocando de canal, prestes a desligá-la, parei no Canal Brasil. Tava passando o filme do Cazuza, já no finalzinho, na parte em que ele está com aquela aparência pálida e raquítica. Já tinha visto o filme, mas não depois de todo o período em que passei no hospital. O filme me abriu os olhos para muitas coisas que vem me perturbando.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Comecei a me identificar com as atitudes de Cazuza. Suas ignorâncias, suas atitudes desleixadas em relação a sua saúde e até da aproximação que buscava com seus amigos. Antes, na primeira vez que vi o filme, achava essas atitudes egocêntricas e exageradas. Me perguntava como que alguém poderia desconsiderar a opinião da família e “acelerar seu processo de destruição”. Agora já entendo tais atitudes. Estou há 4 meses “doente”. Com 4 cirurgias no corpo, um coração instável, um sistema digestivo precário e o pior de tudo: a limitação.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p> <img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUCux3VeRPFwWpfVZqwYcHkljt1-S3bxrTrHkErKf-3VX33zKDNXBYvqhdDVJdWK6B3pLcsaqXTzX5KSobAC_RqupsaZeV_x0TPfMHREQw8INmZ7UEtruRz97O2UB5nNje7JqA/s200/20080707101521_842de.jpg" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 162px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5587852839842728210" /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No hospital senti muita dor e agonia. Mas nada dói tanto quanto a limitação, não poder fazer o que você sempre foi capaz de fazer. Como Cazuza, não aguentei ver meus amigos bebendo, jogando bola, correndo, dançando e indo aonde quer que dê vontade, enquanto precisava me <span style="mso-spacerun:yes"> </span>resguardar. <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não sou tão genial como ele era, mas ainda assim consigo tirar muitas lições da vida com todo esse processo. Ficar numa UTI, passar tanto tempo acamado, sobre cuidados médicos e restrições o torna uma pessoa mais humilde apesar de tudo. Fico estressado e tenho ataques de rebeldia insistindo em fazer o que não posso. Mesmo diante de nossos familiares tentando nos alertar com toda aquela calma que só quem te ama pode ter. Mas no fundo aprendi que nem eu, nem quem é “saudável” pode viver só. Ninguém consegue ser dono do nariz. Todos nós precisamos uns dos outros, mesmo quando não queremos essa ajuda.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">p.s: Tô ligado que pelo histórico da vida amorosa do Cazuza o título ficou gay pra caralho. Foda-se.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p></div><div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-72711164595196092462011-02-15T14:13:00.003-02:002011-03-25T00:57:14.291-03:00O que será de mim sem Ronaldo?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5uqtnbUlgZikbZUy_HH5gpgMfKCi5w0ykZiwurPP4OA3GRTe37tfRyswJygLP9BAc1nesl4TGVy74zw-LY2uOHfGNXB84rHtJBKdna4NcHHqpa-GRFSb8HC2ZIhKgJbVx1Ae7/s1600/ronaldo_torcida_600.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5587861630951520578" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5uqtnbUlgZikbZUy_HH5gpgMfKCi5w0ykZiwurPP4OA3GRTe37tfRyswJygLP9BAc1nesl4TGVy74zw-LY2uOHfGNXB84rHtJBKdna4NcHHqpa-GRFSb8HC2ZIhKgJbVx1Ae7/s200/ronaldo_torcida_600.jpg" /></a><br /><div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9oti4wOp9mF5c55vIx1NOf9wLHekTmeaH-2pRME0FXEeKrIRv7ff3dSQbJklqPTEryffUkOsobVRdzbuIhaXDskg7hsHeJC2__JbKc8B3me6LbzGsoK8TxYBF8ZM63uEMCyje/s1600/ronaldo_torcida_600.jpg"></a><br /><br /><p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes"><span style="LINE-HEIGHT: 17px;font-family:Calibri, sans-serif;font-size:15;" class="Apple-style-span" >O que será do futebol sem</span> </span>Ronaldo? Aliás o que é torcer sem Ronaldo? Com a aposentadoria do jogador, muitos da minha geração verão o futebol com outros olhos, sem que eles estejam sobre Ronaldo. Não conheço o futebol sem Ronaldo, apesar de acompanhar sua decadência infelizmente há algum tempo, nunca imaginei o dia em que fosse parar.<span style="mso-spacerun: yes"> </span>Sua carreira foi marcada pela presença dos holofotes, um dos primeiros jogadores a encarar a ascensão da mídia, o seu poder de difusão e um dos grandes beneficiados dela. Graças a isso, Ronaldo é conhecido no mundo inteiro e me ajudou a despertar o amor pelo futebol. Figurou sempre como ídolo na minha vida, o que será de mim sem Ronaldo?<?xml:namespace prefix = o /><o:p></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal">Quando comecei a entender sobre futebol, Ronaldo já era um astro. Quando o esporte ainda era um mistério para mim, quando ainda não sabia o significado de um impedimento, Ronaldo já era meu ídolo. Amadurecendo minha paixão, ganhei do meu pai um <i style="mso-bidi-font-style: normal">Super Nitendo</i> do qual meu game favorito obviamente era o futebol. O jogo já era fruto da exploração da imagem do jogador, “Ronaldinho Soccer 97”. O craque ainda jogava no Barcelona com craques como Figo e Vitor Baía. Lembro-me da sua face pixelada e de uma pele um pouco mais escura do que da maioria dos outros jogadores. O Barcelona era motivo de disputa na minha rua, todos queriam jogar com o time que tivesse Ronaldo. As disputas só se encerravam com um tradicional par ou impar que terminava com o alívio do vencedor e com o perdedor a praguejar da sorte de não poder ser Ronaldo num mundo virtual.<o:p></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal">Logo em seguida veio minha primeira Copa do Mundo. Assim como Ronaldo, não era bem minha primeira Copa, já tinha nascido em 94, mas era a primeira vez que participava de maneira mais ativa. Ainda com pouca idade, Ronaldo figurava como principal esperança da seleção brasileira. Os comentários entre meus tios e primos eram sempre sobre o jogador, inclusive quando o Brasil perdeu na final, quando virou vilão por não conseguir ser tão genial como vinha sendo até então. Após isso, o que eu via de Ronaldo era somente nos jogos da seleção brasileira e nas partidas de videogame. Muitos dos jogos do Brasil eram a tarde e no meio da semana, horário que eu costumava frequentar a escola. Lembro-me questionando a professora por que é que havia aula se o Brasil estava jogando, se Ronaldo estava jogando. Sentia necessidade de acompanhar o ídolo, como necessitava me alimentar. Era o meu herói favorito e de muitos brasileiros.<o:p></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal">Como todo herói, Ronaldo também precisou derrotar alguns vilões. Enquanto vivia seu auge até então no futebol, sofreu com a primeira de suas graves contusões. O período em que se recuperava foi como um limbo na minha memória futebolística. Não me lembro da seleção brasileira durante esse período. Para preencher esse vazio, voltei minha atenção para o clube que move meu coração, o Corinthians. Amor esse que começou ainda no videogame, no “Ronaldinho soccer 97”, obrigado por isso Ronaldo. Foi nessa época que o clube conquistou dois brasileiros e um mundial. Foi quando entendi o que era um impedimento, o que era um lateral, um volante, um 4-4-2, foi quando entendi o que era o futebol.<o:p></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal">O uso da palavra limbo é a melhor maneira para descrever o momento. Pois quando via Ronaldo no campo, ainda era criança demais para entender o futebol e quando ele voltou eu já entendia tudo o que se passava no gramado, mas não conhecia sua genialidade. É estranho, era como se nunca tivesse visto o craque jogar, mas já estivesse encantado pelo seu futebol, algo que só acontece com mitos. O primeiro jogo pela seleção após sua recuperação foi num amistoso poucos meses antes da copa. Ronaldo não desempenhou bem o seu papel e vieram as criticas. O amistoso aconteceu enquanto eu estava estudando, saí da escola e me lembro de ter visto um pedaço do jogo ainda num bar, no caminho entre minha casa e a escola. O Brasil vivia uma crise técnica e a volta do jogador era a grande esperança de todos. Os comentários ainda naquele bar não eram bons. A maioria ainda acreditava que o jogador já havia atingido o ápice e não voltaria a ser tão genial.<o:p></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal">Até a Copa do Mundo, o clima era de desconfiança. Ainda não havia visto com maturidade o futebol de Ronaldo. Começava a achar que ele realmente estava acabado. Mas na Copa, Ronaldo mostrou o que era, foi decisivo. A história todos nós conhecemos hoje, chega como quem não quer nada e se torna ídolo mais uma vez. Novamente era o assunto em todo lugar. <span style="mso-spacerun: yes"></span>Havia voltado a ser o melhor jogador brasileiro. Foi o primeiro exemplo de superação que deu a população brasileira. Comemorando o título daquela copa, lembro-me de camisas de futebol com o nove estampado nas costas. Via na escola e na rua várias crianças imitando o famoso topetinho usado na final contra a Alemanha. Após dois anos de limbo, Ronaldo recomeçava de onde parou.<o:p></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal">Depois disso, ele entrou para o badalado time de galácticos do Real Madrid. Junto com Zidane e Figo, Ronaldo fez o clube tão popular no Brasil que seus jogos passaram a ser transmitidos na tv aberta, no então recém nascido Band Esporte Interativo com Éder Luís e Neto. Dali em diante, nunca perdi Ronaldo de vista novamente. Acompanhei toda sua genialidade até o fim da carreira. Torcia para ele e para o Real Madrid como torcia para o meu Corinthians. Acompanhava jogo a jogo, xingando os árbitros, os pernas de pau espanhóis que só jogavam no Real porque eram espanhóis (leia-se Michel Salgado e Ivan Helguera), torcia como se fosse torcedor do Real Madrid. Torcia também contra Ronaldinho Gaúcho que se tornava melhor do mundo no Barcelona. Na minha cabeça não podia existir concorrência entre dois craques brasileiros e ainda por cima de mesmo nome. Só havia um Ronaldo.<o:p></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal">Acompanhei as lesões do jogador. Era um drama a expectativa antes dos jogos para ver se Ronaldo estaria em campo ou se recuperando de lesão. Eram tantas que o jogador quase não conseguia voltar ao seu condicionamento físico ideal. Fomos nos acostumando a ver o craque cada vez mais rechonchudo. Na copa de 2006, Ronaldo estava sem ritmo de jogo e ainda se recuperando de lesão. Os comentários de gordo começaram aí e foram até o fim de sua carreira. A torcida brasileira nunca poupou o jogador por não ser genial o tempo inteiro. Ainda assim Ronaldo se destacou como o melhor e o que mais correspondeu no então Quadrado Mágico formado por ele, Adriano, Ronaldinho Gaúcho e Kaká. A expectativa de gols deste ataque era imensa, porém os jogadores vinham de um fim de temporada desgastante onde todos eram os principais jogadores de seus times e estavam superconfiantes. Essa autoconfiança virou comodismo dentro do campo, a seleção fracassou por não se preparar devidamente para a Copa do mundo.<o:p></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal">Após a eliminação na copa, Ronaldo começou a perder espaço. Nunca mais voltou a vestir o uniforme canarinho em uma partida oficial. Já não era mais o melhor jogador brasileiro em atividade. Ficou sem espaço também no Real Madrid que começava a reformular seu elenco, já que os galácticos não conseguiam mais ser o melhor time da Europa. Transferiu-se para o Milan, na esperança de que pudesse voltar a ser ídolo num time de ponta.<o:p></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal">Com o corpo cada vez mais pesado, Ronaldo ainda mostrava sua velocidade, técnica e habilidade. Foi decisivo ao colocar o clube na zona de classificação para a Champions League mesmo tendo começado o campeonato com pontos a menos, como punição pela participação em esquemas de combinação de resultado no campeonato anterior. Sua chegada trouxe tanta motivação a um clube que não estava muito bem no Italiano, que o Milan conseguiu ser campeão da Champions e do mundial, mesmo sem contar com o craque. A sua simpatia ajudou a afastar a crise que o clube vivia. As lesões também fizeram parte da sua passagem pelo clube. No final da temporada de 2007/2008, Ronaldo sofreu sua segunda lesão grave. O tendão patelar do outro joelho se rompe e ele voltou a viver o drama já superado no passado. Diferentemente da outra vez, Ronaldo não ficou no limbo. Não porque se recuperou rápido e voltou a jogar bem. Infelizmente, ele continuou sob os holofotes por outros motivos. Na era em que a internet tornou-se acessível a uma grande quantidade de pessoas, as fofocas sobre a vida pessoal do jogador se tornaram manchetes em quase todos os sites brasileiros. Escândalos sexuais, separações e traições contribuíram para esfriar a relação entre Ronaldo e seus torcedores, já não era mais o jogador exemplar.<o:p></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal">Para muitos, desta vez não havia mais dúvidas, Ronaldo estava acabado para o futebol. Sua imagem era cada vez mais parecida com a de um jogador aposentado. Porém ainda assim era um grande jogador e desejado por muitos clubes brasileiros e europeus. Na fase final de sua recuperação começaram os rumores de onde Ronaldo jogaria. O então fraco Manchester City, recém comprado por um grupo milionário árabe se interessou pelo jogador. Flamengo, cujo até então Ronaldo fazia juras de amor era o favorito para assinar com ele. Sem tanto favoritismo, quem apresentou uma proposta e um projeto mais organizado foi o Corinthians. Nosso clube conquistava nesse momento a redenção no futebol brasileiro, rebaixado em 2007, reestruturávamo-nos para voltar a primeira divisão de forma competitiva da qual costumávamos participar. Ronaldo foi o símbolo dessa reestruturação.<o:p></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal">A combinação deu resultados. Ronaldo e Corinthians mostraram um futebol que encantou a imprensa e conquistou todos os títulos do primeiro semestre de 2009. Ronaldo era mais uma vez decisivo e ídolo principal de uma nação. O Corinthians ganhou destaque no mundo inteiro se aproveitando da carreira de sucesso de Ronaldo. No Corinthians, ele pode contar com a paciência e ter todas as condições para voltar a jogar. Ronaldo representou em pouco mais de dois anos o time do Corinthians, foi não só o craque do time, como líder dentro e fora de campo. Porém as lesões continuavam o interrompendo de dar sequência ao seu bom futebol. Somente no fim de 2009 conseguiu voltar a completar 7 partidas seguidas, fato que não ocorria desde de 1998. Ainda assim existia uma imensa expectativa para que voltasse logo para os gramados e ser o salvador da pátria corinthiana. Era uma verdadeira epopeia acompanhar as notícias que vinham do departamento médico do Corinthians. Novos tratamentos, treinos mais específicos e outros equipamentos pareciam que iriam acabar com os problemas físicos do craque. Porém seu corpo continuava a limitar suas atuações.<o:p></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal">Todos perceberam que o craque logo pararia de jogar futebol. O anúncio veio em 2010, quando Ronaldo disse que pararia no fim da temporada de 2011. Apesar do anúncio e das apresentações cada vez menos geniais, era difícil pensar no Corinthians e no futebol sem Ronaldo. Todos sabiam que ele já não era um jogador que decidia sempre as partidas, mas poucos achavam que ele iria parar. Foram tantos exemplos de superação, que a sempre ingrata torcida esperava sempre mais um. E como essa superação não vinha de forma definitiva, ele foi mais uma vez criticado, como sempre foi em sua carreira, por não ser perfeito.<o:p></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal">Após uma eliminação precoce do Corinthians de seu maior sonho de consumo, a Libertadores, as críticas sobre Ronaldo aumentaram. Foi afastado do elenco principal e não voltou a jogar. O gostinho de quero mais vai ficar pra sempre em nós corinthianos. Apesar de sempre criticá-lo, poucos desejavam a sua saída, e desses poucos, muitos a desejavam de forma inconsciente. Ronaldo parou. Nunca mais irá jogar futebol. A sensação nesta segunda-feira pós aposentadoria é de já ter saudades do craque, uma sensação de choro preso que cria um vazio dentro do peito. É difícil explicar. Parece um pesadelo que logo vai passar, não seria assim que eu imaginaria o fim da carreira de Ronaldo, algo que nunca passou pela minha cabeça. Presente desde o início como principal protagonista da maior das minhas paixões, vai ser difícil acompanhar o futebol sem Ronaldo, ele marcou uma época que jamais será esquecida. Espero que desta vez quem não fique no limbo seja eu, vivendo somente do passado de Ronaldo, sem saber o que é futebol sem ele.<o:p></o:p></p></div><div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-18718858284261600082010-11-20T23:04:00.001-02:002010-11-20T23:06:03.454-02:00Chatô, o rei do Brasil<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVGMmDr_-EMNsDgQHlRhh6U3gZjxSbSUOaFyZXLBn7n0jY5K6LUK3b19qBXYBScP4XgnStisTpT7AX6D4TDA6iJZ-HzKCMNO2UGPRGHe4kh5wojda3viEvVK6tPYb-ajBQTWEc/s1600/assis1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5541802892654532210" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 256px; CURSOR: hand; HEIGHT: 305px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVGMmDr_-EMNsDgQHlRhh6U3gZjxSbSUOaFyZXLBn7n0jY5K6LUK3b19qBXYBScP4XgnStisTpT7AX6D4TDA6iJZ-HzKCMNO2UGPRGHe4kh5wojda3viEvVK6tPYb-ajBQTWEc/s320/assis1.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify">Um jornalista que sabia mais do que ninguém usar a imprensa como o quarto poder de um governo, esse era Assis Chateubriand imortalizado na obra de Fernando Morais. “O homenzinho mais fantástico” que Elza Maxwell já conheceu era um sujeito astuto que por muitos anos permaneceu no encalço de presidentes com suas opiniões sempre exageradas. Taxado de antiético, chantageador e mau caráter Chatô colecionou inimigos ao longo de seus 76 anos de vida. Fundou os Diários Associados, uma rede de jornais, rádios e emissoras de TV comparada a de William Hearst (o suposto Cidadão Kane). Escreveu quase que até o último dia de sua vida. Em 1960 ficou tetraplégico, falecendo em 1968, depois de agonizar durante anos com a esperança de um dia voltar a ser o enfurecido jornalista que fora até ali.<br /><br />Assis Chateubriand nasceu na Paraíba e foi criado em Pernambuco. Ainda criança enfrentava dificuldades em se comunicar por ser gago. Fato que o levou a ser alfabetizado já com nove anos. Formou-se em Direito e passou a escrever artigos em jornais pernambucanos. Aos poucos ganhava fama por não medir palavras e disparar ataques a autoridades locais. Defendeu sempre o liberalismo econômico e o interesse das empresas o que fez com que ganhasse amizades entre a elite nordestina.<br /><br />Conquistou seu espaço no Nordeste, mas percebeu que ali estaria longe dos principais acontecimentos do Brasil. Mudou-se então para São Paulo, decidido a um dia ter seu próprio jornal. Chatô, que não era bobo, sempre esteve ao lado de industriais, banqueiros e burgueses, defendia os interesses destes em seus artigos. Por esse fator, ganhou a simpatia da elite cafeeira. Mesmo sem ter dinheiro, conseguiu convencer os cafeicultores paulistas a financiar a compra de um jornal para defender os interesses burgueses na capital paulista. Assim, ainda com 21 anos tornou-se dono do O Jornal.<br /><br />Ciente que não poderia pagar tal investimento, Chatô propiciou a seus parceiros uma sociedade onde todos seriam acionistas do ainda imaturo Diários Associados. Isso virou característica do jornalista, sempre convencendo investidores a injetar dinheiro em seus projetos megalomaníacos, Chatô conseguia realizar grandes projetos sem ter dinheiro. Além da rede de jornais, criou o projeto “Dê asas a juventude” que convencia empresários a doar aviões para a pequena frota brasileira e o Museu de Arte de São Paulo, o Masp.<br /><br />Temendo a força que os Diários Associados ganhavam, os políticos brasileiros passaram a respeitar Chateubriand. Cada vez mais, o jornalista se afirmava no cenário político como peça fundamental para se obter vitórias. Sem nenhuma vergonha, vendia matérias para candidatos ao governo que quisessem aparecer em um de seus jornais. Os que não tinham o apoio de Chatô sofriam com constantes ataques em artigos publicados em toda rede do jornalista. Assim, ele passou a figurar nos bastidores dos principais acontecimentos históricos do Brasil.<br /><br />Em sua vida particular Chatô não obteve o mesmo êxito da carreira profissional, e nem o quis. Ao longo de sua vida ele teve dificuldades para viver em família. Sempre colocou o trabalho a frente de qualquer outra coisa. Suas esposas eram abandonadas em mansões, assim como seus filhos que nunca se deram muito bem com o pai. Sua vida pessoal foi sempre cercada de escândalos, que chegavam desde as manchetes dos jornais da oposição até o gabinete do presidente.<br /><br />Com suas empresas ganhando cada vez mais poder, Chateubriand se mostrou um homem autoritário. Usava seus jornais como ferramenta política o que acabava por irritar seus repórteres. Por esse fator, Chatô perdeu grandes jornalistas como Samuel Weiner, Joel Silveira e Carlos Lacerda. Levava suas disputas políticas até as últimas conseqüências, chegando a cometer crimes que passavam impunes graças ao seu poder. Sempre teve consciência do que um jornal era capaz de fazer e usava isso como arma para conseguir o que queria.<br /><br />Em 1960, Chatô sofre de uma trombose o que o leva ao coma. Passado alguns meses, enquanto muitos já esperavam sua morte, volta à lucidez com todo seu corpo paralisado. Tetraplégico ele passa oito anos agonizando em cima de sua cama. Ainda assim, escrevia quase que diariamente seus artigos com os poucos movimentos que podia realizar. Em 1968 morre vítima de uma parada cardiorrespiratória.<br /><br />Na obra de Fernando Morais é possível observar toda a linha do tempo que envolve o jornalismo brasileiro. Desde os lendários Jornal do Commércio e O Pasquim, até os atuais poderosos O Globo e Folha de São Paulo. Mais do que isso o livro passa por toda a história política brasileira, contando os detalhes de golpes de estado, de conchavos, de bastidores e de histórias que marcaram a história. Apesar de a obra ser relativamente grande, ela é também rica, não deixando escapar nenhum detalhe por mais insignificante que pareça. O autor usa técnicas do Novo Jornalismo descrevendo cada cenário, desenrolando cada cena, escrevendo cada diálogo de uma forma que dá a impressão no leitor que o narrador presenciou tudo.<br /><br />Chatô é uma obra biográfica que não se prende apenas a história do objeto analisado, ela flutua por toda a história brasileira, mas sem perder o foco no personagem. Um pouco pela peculiaridade da vida de Assis Chateubriand um pouco pela genialidade de Fernando de Morais, o livro acaba por ser uma obra obrigatória a qualquer aspirante a jornalista.</div><div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35981126.post-24629503298646816932010-11-17T20:53:00.005-02:002010-11-17T21:08:12.869-02:00Eugênio Martini: Lutando contra todos em busca de um mundo melhor<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span"><u><br /></u></span></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3eF8dTkHJ4V7uwY2ltsHHfL060LVEdmMK_Dm1CDXecnkZN4uSihtoOFdiwxexJieXtFfYP_4RDDdaCAh6zVTVdPwLGuyCDmhoBjfZI18KsMVEYDyc9aYv568rLEFCfQAZ1m90/s1600/IMGP4245_.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3eF8dTkHJ4V7uwY2ltsHHfL060LVEdmMK_Dm1CDXecnkZN4uSihtoOFdiwxexJieXtFfYP_4RDDdaCAh6zVTVdPwLGuyCDmhoBjfZI18KsMVEYDyc9aYv568rLEFCfQAZ1m90/s200/IMGP4245_.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5540656529550101042" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Em uma pequena sala no Térreo da Faculdade PIO XII, Eugênio Martini expõe durante alguns dias toda sua paixão pela telefonia. De escola em escola, o responsável pelo “Museu do Telefone” enfrenta uma série de dificuldades para se fazer o que acha que é certo. O empresário tem uma loja de celulares no Centro de Vitória, mas o que o move mesmo é a paixão pelas pessoas. Envolvido em campanhas para a preservação da cultura e do meio ambiente, Martini esbarra na legislação para alcançar seus objetivos. Ele já tentou abrir ao público sua coleção por duas vezes, mas foi fechado pelos fiscais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, e da Prefeitura de Vitória. Porém, Martini é persistente. Ele batalha para levar o conhecimento da telecomunicação brasileira às pessoas: “para mim, a Felicidade é não ter nada e não desejar nada.<br /><br /><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Nascido em Itajaí, interior do estado de Santa Catarina, Martini foi criado pelos avós. Em casa, os avós sempre incentivaram a cultura. A paixão por coisas antigas veio do avô que possuía um Ferro Velho. “Uma das lembranças que eu tenho daquela época era um Ford 29 dele que funcionava à manivela”, lembra. Ainda criança entrou para o Colégio de Padre onde aprendeu filosofia, história, cultura e francês. Jovem e com uma vasta bagagem cultural, não quis seguir os conselhos do pai que o queria trabalhando na roça. Em 1964, Martini passa num concurso da Marinha Brasileira para ser Auxiliar de Comunicação, telegrafando mensagens. Seu primeiro contato com a telecomunicação.<br /><br /><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Martini morou em várias cidades de Santa Catarina. Passou por Joinville, Florianópolis e Blumenau, sempre trabalhando no comércio. Infelizmente, perdeu todo o seu patrimônio nas Grandes Enchentes de 83 e 84. Sem grandes perspectivas em uma cidade arrasada, ele junta tudo o que restou e se muda para Vitória, no Espírito Santo. Buscando reconstruir sua vida, ele chega ao estado em 1985. Em terras capixabas, seu primeiro emprego foi como vendedor de carros. Logo, passou a trabalhar por conta própria comprando dívidas dos consórcios de carros de outras pessoas. Além dos carros, Martini passou também a comprar linhas telefônicas, uma novidade no Espírito Santo e acessível apenas para os mais ricos.<br /><br /><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Na época os aparelhos pertenciam todos à companhia telefônica Telebrás. O telefone estava sempre acompanhando a linha. Quem comprava a linha telefônica, recebia a posse do aparelho que continuava sendo da empresa. Com o avanço tecnológico, a companhia passou a oferecer mais frequentemente novos aparelhos. Martini começou a guardar os mais bonitos e exóticos. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Como corretor de linhas telefônicas, logo se viu com uma coleção significante. Outras pessoas começaram a perguntar sobre a coleção. Muitos doavam aparelhos raros, contavam histórias e isso despertou um interesse seu em abrir um Museu.<br /><br /><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Em 1997, Martini realiza seu sonho e abre o Museu do Telefone, no Centro de Vitória. Aos poucos, ele dedica cada vez mais tempo ao seu projeto: estudando livros que encontra sobre o assunto, pesquisando, fazendo a manutenção do acervo e limpando o local da exposição.<br /><br /><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">O que o mais motiva é a satisfação das pessoas ao visitar o Museu. “As pessoas se aproximam achando tudo muito estranho e confuso a princípio. Depois saem da exposição maravilhadas. Uma senhora chorou quando viu um gramofone, lebrou de seus pais na hora. Às vezes, a transformação era tanta que me dava até vontade de chorar”, revela Martini.<br /><br /><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Com visitas cada vez mais freqüentes, alguns problemas começam a aparecer. Muitas peças quebram, são roubadas, mas isso não o desanima: “a exposição é mais do que o material que está ali, é a volta ao passado. Poderia ter um material muito mais rico se limitasse as pessoas durante a visitação, mas o objetivo de um museu não é esse. O que eu quero é partilhar.”<br /><br /><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Em 1999, no entanto, a fiscalização do Iphan fecha o Museu do Telefone por estar vinculado apenas a uma pessoa física. Triste, Martini fica então impossibilitado de realizar seu objetivo de partilhar a sua obra com as pessoas. As peças ficam guardadas por algum tempo em seu prédio comercial.<br /><br /><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">A solução encontrada por ele para manter o Museu foi ir de encontro com o público. “Já que eu não podia mais abrir o meu espaço, comecei a levar algumas peças em feiras, escolas, empresas, onde me convidasse eu levava o Museu”, conta. Mesmo assim, Martini não se achava satisfeito a respeito de seu objetivo. Em 2006 reabre o Museu, mas novamente é fechado em 2009. Desta vez pela Prefeitura de Vitória. O motivo era por ele estar financeiramente impossibilitado de arcar com as exigências da prefeitura.<br /><br /><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Forçado a se afastar de seu projeto com o Museu, ele passa a se envolver com outros projetos. Entre eles, ajuda a instituir na Grande Vitória o Ciodes, <span style="color:black">Centro Integrado Operacional de Defesa Social, e como comerciante cria propostas para melhorar a segurança no Centro de Vitória. Durante as eleições de 2004 conseguiu políticos que apoiassem sua proposta de “menos armas e mais amor”. Após a eleição, seu projeto ficou esquecido. Sem obter sucesso, Martini lança um novo projeto voltado ao meio ambiente.<br /><br /><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";color:black">O Projeto “Sapinho, adote uma árvore” parte da intenção do comerciante em juntar o lixo tóxico de pilhas e baterias, trocando por sementes de árvores.Mais uma vez, Martini tem seu projeto limitado pela legislação. Segundo ele, apenas uma empresa no Brasil recolhe esse tipo de material. Essa empresa fica <st1:personname productid="em S ̄o Paulo" st="on">em São Paulo</st1:personname> e só recebe o lixo de pessoas jurídicas. “O governo não incentiva a coleta consciente desse material. Em vez de receber uma gratificação, sou obrigado a pagar para essa empresa recolher isso”, desabafa Martini.<br /><br /><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";color:black">Persistente, Martini pede mais ação do governo. Para ele, coisas simples de resolver são esquecidas pelos políticos. “Vitória tem um sitio histórico incrível, é a segunda capital mais antiga do Brasil e nada se tem feito para manter essa história viva. No dia do museu, liguei para vários deles para visitar, muitos deles sequer estavam abertos”, revela.<br /><br /><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";color:black">Hoje em dia, ele continua em busca de cumprir seu objetivo, aparentemente cada vez mais difícil. Ainda leva o Museu do Telefone para Feiras e escolas. Porém às vezes acaba sendo prejudicado por ser tão determinado com a sua missão: “a realidade é que perdi minha vida aqui. Privo-me de sair com a minha família para cuidar do museu. Quantos e quantos finais de semana já perdi limpando peças e fazendo manutenção?”.<br /><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";color:black">Apesar de respeitar, muitas vezes sua família fica na bronca por ter que dividir espaço com o Museu. “O que me distancia um pouco de outras pessoas é o amor, isso falta na sociedade. Hoje, criou-se o medo e valores foram perdidos. Não podemos abraçar nossos filhos que já corremos o risco de ser chamado de pedófilo, não se confia mais em ninguém”, conta Martini.<br /><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";color:black">Desse modo, depois de contar sua história, de criticar o governo, de nos ensinar seus conhecimentos, Martini acaba desabafando um pouco. E ouvir é o mínimo que podemos fazer para compensar alguém que se sacrifica para fazer algo melhor para o mundo.</span></p><div style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">Clique na imagem e veja a galeria de fotos do Museu do Telefone</span></span></span></b></div><div style="text-align: center;clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; "><a href="http://goo.gl/photos/sbRruW6kll" imageanchor="1" style="clear:right;margin-bottom:1em;margin-left:1em"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 0); -webkit-text-decorations-in-effect: none; "></span></a><a href="http://goo.gl/photos/sbRruW6kll" imageanchor="1" style="clear:right;margin-bottom:1em;margin-left:1em"><img border="0" src="http://lh3.ggpht.com/_CFsADWfUOvU/SzfJp7Q50sE/AAAAAAAAAZY/1t546Q6DKws/s160-c/ImagensDoBlogger.jpg" /></a></div><div class="blogger-post-footer">propaganda</div>Rafael Silvahttp://www.blogger.com/profile/10749075578172826196noreply@blogger.com1