04 janeiro 2013

Minha cela, minha vida

Me sinto um condenado.

Condenado ao fracasso e a uma vida medíocre. Tenho tido tantas ideias, tantas propostas de mudança em meu caminho, tanta coisa que eu poderia fazer, planos de vida, atitudes que me tirariam desse marasmo tedioso que sou. Porém tudo se esfarela ao vento e meus sonhos se perdem em algum momento, se transformando em memórias distantes com prazo para serem esquecidas.

Eu sou o condenado e as minhas ideias são o sol, vistas de uma janela quadrada com grossas barras de ferro. Como um presidiário que lamenta não mais sentir a luz do sol se transformando em calor em sua pele, sou o fracassado diante de um futuro tão interessante e um presente tão vazio. Minhas noites me levam a sonhos e possibilidades incríveis, mas o dia sempre vem carregado de obstáculos muito mais fortes do que eu. Enquanto isso, tento me fortalecer e ser capaz de traçar uma rota de fuga, enganar a mim mesmo ou ao menos fingir que um dia largarei esta minha cela, este meu casulo. Só espero que o amanhã não seja tão rude e me deixe ao menos essa esperança.

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