11 fevereiro 2010

Os coronéis do século XXI

No Espiríto Santo, graças aos incentivos fiscais e as condições físicas oferecidas, existem muitas multinacionais importantes, como a CST (do grupo Arcelor Mital), Aracruz Celulose (VOTORANTIM) e a suco Mais (Coca Cola Co.). Essas empresas representam grande parte do recolhimento de impostos, oferecem muitos empregos e trazem o desenvolvimento para o estado que há algum tempo tem ficado esquecido na região sudeste pela sua pouca importância. Sabendo disso essas empresas usam e abusam do estado a ponto de medir forças com o Ministério Público muitas vezes são vários os casos.


A CST (Compania Siderurgica de Tubarão) polui o horizonte de Vitória e Vila Velha com o pó preto lançado em suas chaminés. Vários abaixo-assinados já foram feitos, vistorias dentro da indústria e pouco se tem feito. Esse pó causa muitos casos de problemas respiratórios nos postos de saúde dessas cidades, tornam manter a casa limpa uma tarefa impossível, além da mancha negra que se pode ver de todas as regiões da Grande Vitória. No verão graças aos ventos noroeste esse pó avança pelo continente tornando a situação mais crítica.



A Aracruz Celulose vai mais além. Seus problemas começam com a ocupação de terras pertencentes a reservas indígenas e não pararam por aí. A plantação de eucalipto absorve grandes quantidades de água e prejudica as porduções dos pequenos agricultores do município. A celulose libera também nas águas dos rios Piraquê-açu e Piraquê-mirim substâncias cancerígenas, contaminando quem consumir da água ou dos peixes desse rio, prejudicando portanto a irrigação das plantações e a atividade pesqueira da região.
A suco Mais em Linhares, recém comprada pela Coca Cola, também é mais uma que usa e abusa dos recursos naturais do estado sem interferencia do estado. O MPA (movimento dos pequenos agricultores) denuncia a empresa por poluir o Córrego das Pedras que abastece as plantações do município. Além de não fazer nada o governo ainda autorizou a construção de outro sistema de escoamento que irá dobrar a quantidade de poluentes despejada no rio. Prejudicando o meio ambiente e os agricultores locais.
Esses são casos do Espiríto Santo, mas com certeza existem vários outros por todo o território brasileiro. Principalmente em estados carentes de recursos, eles não podem se dar o luxo de perder empresas como essas e elas sabendo de sua influência atuam de maneira autoritária elegendo seus representantes, comprando votos dentro das assembléias, e em alguns casos até mesmo usando da violência como a guerra que existe entre índios e seguranças da Aracruz. São os coronéis do século XXI. A mídia como de clichê, não denuncia esse tipo de ação e vira mais um cumplice dos crimes destes "coronéis". Como diz o ditado "manda quem pode, obedece quem tem juízo".

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