27 dezembro 2009

Terrorismo nos EUA em boa hora




"A Casa Branca já confirmou que houve uma tentativa de ataque terrorista num avião que se preparava para aterrisar nos Estados Unidos. O voo da Delta Airlines estava a vinte minutos de pousar quando um passageiro, de origem nigeriana, acionou um engenho explosivo. O autor, depois de detido pelas autoridades, confessou ser membro da Al Qaeda." RTP noticías

8 anos após os ataques de 11 de setembro o EUA volta a sofrer com ações terroristas. Desta vez não houve vitímas, devido ao fato do terrorista ter sido dominado pela própria tripulação. Mas as coincidências vão além de ter sido planejada pela Al-Quaeda, do líder Osama Bin Laden cuja família sempre teve boas relações com os EUA. Novamente o ataque se dá num momento em que o povo americano está meio decepcionado com seu presidente. Em 2001 George W. Bush apresentava baixos índices de popularidade e os elevou após os atentados. Neste ano Barack Obama estava com uma ligeira desconfiança dos norte americanos, após o êxtase da sua campanha. O acontecimento aconteceu justamente num momento em que se discutia o corte de gastos contra ataques terroristas e a retirada das tropas americanas no Iraque.

Isso confirma a hipótese apresentada em documentários como Fahrenheit 11/09 (de Michael Moore) e Zeitgaist (de Peter Joseph), que apontam pontos positivos em atentados para o governo americano.

Por exemplo:
-Maior influência dos americanos em regiões petrolíferas com as invasões de suas tropas nesses territórios

-Derrubada de um governo que entrava em conflito com os interesses norte americanos (Saddam Hussein no Iraque)

- Conquista de popularidade com o povo americano.

Esse fato pode aumentar a pressão no presidente Umaru Yar' Adua na Nigéria. A sua eleição foi acusada de fraude pelas potencias européias, ele é forçado constantemente a renunciar por causa de sua saúde complicada por problemas renais. O presidente quebrou uma espécie de politica do café do leite na Nigéria que alternava presidentes entre militares e civís a 46 anos. Foi a primeira transição de presidentes de civíl para civíl.

"Com o fim da Guerra Fria, quando a maior preocupação dos EUA era a luta contra a União Soviética, o que exigia alianças com os ditos regimes independentes do Terceiro Mundo, após 1991, os EUA sentiram-se capazes de realizar mais abertamente uma política colonialista de controle hegemônico, por meio de ações militares. Os ataques de 11 de setembro serviram como um eficiente pretexto para essa forma de intervenção norte-americana na África. (...)
A Nigéria era responsável (até meados de 2007) por 12% das importações de petróleo bruto dos EUA. Até 2015, estima-se que sua participação aumentará para 25%, uma parcela maior que da Arábia Saudita. A Nigéria é o maior produtor de petróleo na África e tem a 11ª maior reserva de petróleo no mundo. Atualmente ela produz 2,45 milhões de barris por dia, 42% dos quais vai para os EUA. Das três maiores companhias petrolíferas do país incluem-se duas empresas nortes-americanas, a ExxonMobil e a Chevron, além da anglo-holandesa Shell. (...)

O AFRICOM irá inicialmente operar em Stuttgart, a base alemã do Comando Europeu, antes de mudar-se para uma base permanente na África. Os EUA estão tendo o cuidado de não mencionar os seus planos, afirmando apenas que ajudarão a manter a paz, realizar missões de ajuda humanitária, treinamento militar e apoio aos países africanos aliados.
Os EUA alegaram que não planejam enviar um grande número de soldados para a região, como fizeram no Iraque. Entretanto, a presença de tropas norte-americanas causará a militarização do continente, possibilitando a deflagração de outra guerra em busca do controle dos recursos naturais estratégicos, como ocorreu no Iraque, com implicações muito maiores e mais perigosas.(...)" World Socialist Web Site (wsws.org)


Não quero insinuar nada, mas esse fato pode trazer muito mais benefícios ao EUA do que prejuísos. Tirem sua próprias conclusões.

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