21 março 2010

Os mendigos do Brasil


Nas útimas semanas muito se tem falado na nova distribuição dos royalts do petróleo. Principalmente pelo fato de que a nova distribuição lesa o estado do Rio de Janeiro, que tem grande parte de sua receita vinda da extração de petróleo. Porém a nova distribuição explora o uso da receita à favor da união e não dos estados "afetados" por essa exploração. Os cariocas protestam veemente pois não aceitam que uma nova lei de distribuição dos royalts diminua a sua parte, porém a lei vigente é antiga e desigual não promovendo uma boa utilização dos recursos pelo Brasil como um todo.


A mudança da lei já vem sendo elaborada há algum tempo. Um acordo feito em dezembro de 2009 entre representantes de todos os estados, definia uma divisão priorizando produtores e afetados com a maior porcentagem dos royalts. Mas a proposta mudou quando entrou em debate na câmara dos deputados, alegando que o sudeste tem maior concentração de riquezas e que as regiões do interior ficam esquecidas pelo governo federal. A medida tem o objetivo de diminuir a desigualdade entre os estados. Hoje 5 cidades do sudeste; São Paulo e Campinas (SP), Rio de Janeiro e Duque de Caxias (RJ) e Belo Horizonte (MG); representam 25% do PIB brasileiro.


O Rio de Janeiro é O ESTADO MAIS CHORÃO DO MUNDO. Já foi capital do Brasil, recebeu bilhões de reais para construção de estádios na época do PAN (2007), recebe agora para as olimpíadas de 2016, além dos recursos para a copa de 2014. Mesmo assim, tem a cara-de-pau de mendingar os royalts, "exigindo" uma parte maior do que as demais localidades. Segundo seu governo, já existem contratos com empreiteras para obras de infra-estrutura contando com os royalts que ainda não receberam, mas todos sabem que também há cidades no interior que necessitam desse dinheiro para realizar obras não de infra-estrutura, mas de necessidades básicas como saneamento, escolas e hospitais.


Mas no fim da história, a emenda Ibsen Pinheiro (como vem sendo chamada) deve ser vetada ou pelos senadores ou pelo próprio presidente Lula, que com certeza preferiram ouvir seus marqueteiros e não o povo que realmente necessita de atenção.

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