Mostrando postagens com marcador Esporte. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Esporte. Mostrar todas as postagens

12 julho 2010

O dia em que todos quiseram ser Casillas


A história que Casillas viveu ontem (Domingo) parecia ter sido inventada por roteristas de Hollywood. O goleiro da Espanha mostrou para todos que é o cara da vez. Atual melhor goleiro de futebol eleito pela Fifa e ídolo de um dos maiores clubes do mundo, o capitão da Fúria foi alvo de inveja por muitos pelo o que viveu nesse Domingo.

O craque, apesar de novo, é considerado há muito tempo um dos melhores goleiros espanhóis de todos os tempos. Titular da meta do Real Madrid desde 2000 e, mesmo com as constantes contratações milionárias do clube madrileño, é considerado o maior ídolo do clube. Em 2008, levantou a taça de campeão da Eurocopa em 2008, com direito a gozação em rede nacional contra a Alemanha, nas semis. Em 2009, teve sua confirmação individual ao ser escolhido por ex-jogadores e dirigentes o melhor goleiro do mundo, mesmo com a dura concorrência de Júlio César e Buffon. Esse ano mesmo cercado de desconfianças, ajudou a levar a Espanha ao título mundial.

Durante a Copa do Mundo, a seleção espanhola foi duramente lembrada pelas últimas campanhas. Mesmo sempre apresentando um bom futebol, nunca havia chegado à uma final da copa. Aos trancos e barrancos passou para a segunda fase. Casillas foi criticado, ainda mais depois do gol tomado contra a Suíça, em que ouve um cochilo da defesa espanhola numa jogada de sorte suiça. A imprensa condenou a sua "falta de profissionalismo", devido ao fato de sua namorada se posicionar atrás da meta defendida por ele. Vista como coadjuvante pela imprensa, o futebol espanhol foi ofuscado pela brilhantismo apresentado pela Alemanha, ou ainda pelas eliminações de outras seleções campeãs. Mas isso só aumentou a dose de romance da conquista.

Com grande atuação, Casillas conduziu seu time a semifinal após defender um pênalti de Neri Cardozo no finalzinho do jogo. Na partida seguinte, teve a dura missão de segurar o badalado ataque alemão, cuja seleção era tida como favorita até então. Mais uma vez o craque fechou o gol e pela primeira vez em sua história a Espanha foi às finais. Durante a semana, provocou no povo espanhol o sentimento nacionalista. O país que ainda vive consequências graves da crise econômica, com cortes de gastos públicos e desemprego, esqueceu por alguns instantes seus problemas.

No jogo por duas vezes o jovem goleiro salvou, não só seu time, como seus companheiros após evitar dois gols frente-a-frente com o atacante Robben. Caso tivesse tomado um desses gols, provavelmente a zaga composta de dois zagueiros do clube arquirival do Real Madrid, Barcelona, seria culpada pelas falhas, hoje desprezadas. O jogo se encaminhava para uma dramática disputa de pênaltis. Até que aos 11 minutos do segundo tempo da prorrogação Andreás Iniesta abriu o placar ao marcar num remate à meia altura. Casillas não se conteve, foi às lágrimas ali mesmo. Alguns minutos depois, lá estava ele "como uma criança", segundo os narradores da tv, levantando a taça do mundo. Ao descer para o campo sua namorada, Sara Carbonero, no alto de seu profissionalismo, pediu para que o amado falasse mais sobre a conquista. O craque não titubeou, deu a resposta que todos queriam ver em todo o mundial, lascou um beijo-surpresa em Sara, para surpresa da mesma.

Assim, com um pouco de felicidade por ele e também inveja, o mundo voltou os olhos para a seleção espanhola e Iker Casillas. E ainda em meio as comemorações em Madrid, todos se perguntam: por que não sou eu ali? Quem me dera Deus se ontem eu fosse Casillas.

07 junho 2010

Inovações e tendências do Futebol


Na era de desenvolvimento tecnológico, o futebol acompanha a evolução da ciência. O esporte mais popular do mundo, há muito tempo deixou de ser aquele modelo clássico, onde um jogador fazia toda a diferença para se tornar num esporte mais dinâmico, que emprega várias pessoas e movimenta um grande capital no mundo. Hoje, preparadores físicos, chuteiras, máquinas, computadores, enfim uma série de coisas, fazem parte da organização das equipes profissionais. Os jogadores ainda são o centro das atenções, mas a cada dia o mundo reconhce a importância da infra estrutura que existe por trás de uma partida de futebol.



Condicionamento Físico

Estudos revelam que durante uma partida oficial, um jogador de linha corre uma média de 10 a 12 km; que perdem por partida de 3 a 7 kg, em sua maioria água e sais minerais; e que a temperatura de seu corpo chega aos 40° C. Diante de tanto esforço físico, se pergunta o quanto cada jogador pode se exercitar sem por em risco sua saúde? Para garantir a integridade dos atletas, existe atualmente uma série de equipamentos e exames que detectam qualquer irregularidade. Muito além disso, fazem com que o jogador tenha resultados melhores. Não é díficil achar em clubes de ponta aparelhos que medem a capacidade aeróbica de jogador por jogador, sua simetria muscular, etc.


Os jogadores atuam no futebol cerca de 10 anos, realizando 70 partidas por temporada em média. Seus corpos sofrem constantemente com pancadas, impactos, corrida, mudança de direção, entre outras coisas. A parte que mais sofre com isso é o joelho. O desgaste das articulações começam a incomodar o jogador quando chega a uma certa idade. As lesões musculares e os ligamentos rompidos tornaram-se constantes no futebol. Mas nem sempre foi assim. Há alguns anos atrás, uma lesão "simples" dessas resultava na aposentadoria dos jogadores. Hoje com os avanços no tratamento dessas coontusões, permite que um atleta possa voltar a exercer suas atividades dentro de alguns meses.


Material esportivo

Num mercado que movimenta grandes quantias de dinheiro investidos em atletas, ninguém quer correr o risco de perder um jogador por lesão. O atleta custa muito caro, se ele não jogar isso representa um grande prejuízo. Para solucionar esse problema, os pesquisadores inovam a cada dia com materiais mais modernos. Por exemplo o uniforme, hoje ele é feito de uma fibra chamada poliéster. Essa fibra permite que o atleta traspire sem que seu corpo fique muito molhado, que poderia resultar num certo descoforto. O material absorve esse suor, sem que entretanto a camisa fique colada ao corpo, como acontecia quando o uniforme era feito de algodão.

Além dos uniformes, as chuteiras evoluiram bastante. Antigamente ela era feito de couro com cravos que priorizavam a aderência no gramado. Porém, essa aderência causava muitas vezes lesões devido a maior pressão nas articulações nos movimentos dos atletas. Agora a chuteira é feita com cravos redondos que possibilitam menos risco e mais mobilidade. As suas costuras são feitas pensando não só no conforto do jogador, como também no efeito sobre a bola durante o chute.


Arbitragem

Muitos esportes utilizam o computador para tirar dúvidas da arbitragem. A medida pretende dar a maior justiça nas decisões e não prejudicar os participantes. Mas no futebol essa modernidade não é bem aceita. As organizações mundiais temem que o jogo perca emoção. E pedem inclusive, em muitos casos, que as emissoras de tv limitem suas críticas em cima dos juízes que tem que agir com uma certa rapidez e precisão. As equipes de comentaristas possuem várias ferramentas que o juíz não dispõe, suas críticas tiram a autoridade da figura do juíz. Porém, ao mesmo tempo os seleciona mais, com uma maior exigência os árbitros precisam estar cada vez mais preparados.

Outra questão é o conceito de falta que é diferente em cada região. Por exemplo, no Brasil os árbitros são conhecidos por marcar certas faltas que são ignoradas na Europa. Pouco se comenta sobre isso, mas geralmente os jogadores que atuam no cenário brasileiro acabam tendo uma maior longividade, que talvez possa ser associada a essa atitude da arbitragem.


Futuro

As inovações tecnológicas apontam para um futuro de jogadores mais inteligentes. Além do talento, eles precisaram cada vez mais de ter certos conhecimentos sobre estudos a fim de melhorar seus rendimentos. A estratégia, a anotomia de seus corpos e os efeitos da física são algumas das coisas que os jogadores de hoje, mesmo que superficialmente, já conhecem. A tendência é que isso aumente cada vez mais.


O futebol não é mais o mesmo. A evolução da ciência mudou muitos parâmetros desse esporte, não se sabe se para melhor ou para pior. Uns dizem que não é mais tão bonito, outros dizem que está mais competitivos. Mas uma coisa não se pode negar: ele se tornou mais dinâmico.

Rio Branco, a Fênix capixaba


Na tarde desse sábado, 7 de junho de 2010, o ES pode sentir novamente o que é o futebol. Devemos reconhecer a fraca identidade do povo capixaba com o futebol da nossa terra. Porém, mesmo enfrentando a desorganização, pode dar a esse povo ingrato uma tarde digna de uma decrição de Armando Nogueira e Nelson Rodrigues. Como manda o figurino, o Rio Branco foi campeão capixaba com tudo que uma final emocionante tem direito.


Um dos clubes mais tradicionais do estado, o Rio Branco passa desde 2006 por uma renovação. Esquecido naquela época ou lembrado apenas por um passado glorioso porém distante, não estava sequer na segunda divisão capixaba. Endividado foi obrigado pela segunda vez em sua história a ceder sua casa, o Cléber Andrade em Cariacica, para o estado. Como cedeu anteriormente para a construção do Cefetes sua sede em Jucutuquara. O maior detentor de títulos do campeonato capixaba começou uma caminhada rumo a glória.


Voltou para a capital. Reconstruiu seu plantel com jogadores promissores e veteranos. Rapidamente a torcida voltou a encher os estádios. Ronicley, o atual camisa 10 e capitão do time, logo ganhou a identificação com o time e hoje atua como o líder da equipe. Equipe essa, que em 2008 chegou às finais da Copa Espírito Santo perdendo para a rival Desportiva. Em 2009 chegou às finais do Campeonato Capixaba, chegando a sentir o gosto de campeão, seguido da decepção de perder no tapetão o título para o São Mateus. No mesmo ano, chegou novamente à final da Copa Espírito Santo perdendo para outro rival, o Vitória.


Em 2010 o time durante todo o campeonato fez uma exelente campanha. Porém os gritos de 25 anos de jejum ainda ecoavam nos estádios capixabas, vindo das bocas de seus rivais. A pressão nesse ano foi ainda maior. O time guerreiro novamente chegou as finais do capixaba, em um clássico rico em lendas e contos, o Vi-Rio. Havia tempos que os dois maiores clubes da capital não chegavam juntos a uma final de competição. Mas tudo isso foi recompensado.


O primeiro jogo, disputado no Engenheiro Araripe, lotou o estádio. Partida dura, os dois times se estudando e de canela Humberto, atacante do Rio Branco, coloca o Capa Preta em vantagem. O Rio Branco chegou ao segundo jogo podendo empatar. Novamente no Araripe, o primeiro tempo do segundo jogo foi tão truncado quanto o primeiro jogo, talvez com um maior proveito das poucas oportunidades por parte do Vitória. O senador Casagrande juntamente com outros 10 mil espectadores, além dos que preferiram assistir em casa viram um segundo tempo de muito nervosismo. Na metade dele, o Vitória se viu prejudicado reclamando de um suposto gol de Leandro, que segundo o juíz o goleiro Walter tirou em cima da linha. Logo depois Nem foi expulso, diminuindo as esperanças do time alvinil. Mesmo com o jogo "controlado" após a expulsão, o nervosismo não diminuiu. Os torcedores riobranquenses esperavam para soltar o grito entalado a 25 anos. Era tanto nervosismo, que o treinador Dé Aranha da equipe alvinegra, ídolo no passado, não aguentou e desmaiou com a queda de sua pressão. De dentro da ambulância, viu o juíz apitar o final da partida para festa do Capa Preta.


Em vários pontos da Grande Vitória, foi possível ver a festa nas ruas que aquele momenta estavam alvinegras. Crianças e adolescentes que nunca haviam visto o Rio Branco campeão, puderam sentir a força de sua torcida. Senhores de cabelos grisalhos, puderam se lembrar de uma sensação que quase haviam se esquecido. E assim, o Rio Branco usufruiu do efeito Fênix, para se recolocar dentro da tradição do futebol capixaba.

09 fevereiro 2010

[ESPORTE] Reciclagem de jogadores


Nos últimos dois anos o futebol brasileiro tem presenciado um fenômeno de migração de jogadores, não se trata do tradicional movimento de saída de jogadores para a Europa mas sim da volta desses jogadores muitas vezes já consagrados. É o caso de jogadores como Adriano (Flamengo), Fred (Fluminense) e Robinho (Santos) todos com passagem pela seleção brasileira que jogaram na última Copa do Mundo. Esses jogadores se diferenciam de um outro jogador já consagrado que também jogou na Copa de 2006 pela seleção brasileira, trata-se de Ronaldo, porém no caso do fenômeno é mais provável que tenha vindo para o Brasil já para se aposentar no Corinthians o que não passa pela cabeça dos outros citados.


Os fatores para esse acontecimento estão relacionados com a proximidade da Copa do Mundo, esse jogadores estavam em má fase na Europa devido a grande concorrência de jogadores e do maior nível de qualidade exigido lá fora. Existe grande pressão por parte dos dirigentes dos grandes clubes devido aos grandes investimentos que são feitos no futebol, bem maior do que no Brasil. Há também a pressão dos torcedores europeus pelo fato dos brasileiros serem estrangeiros e não tem tanta aprovação como os jogadores do continente. No Brasil esses jogadores encontram mais carinho da torcida, mais privilégios dos dirigentes, além de ficar próximos de suas famílias.


A consequência disso é que aumenta o nível do futebol jogado no Brasil, exigindo uma melhora dos novos jogadores que entram para o mercado, aumentando também a visibilidade do campeonato interno, aumentando patrocínios e o valor de compra desses novos jogadores. Apresentam também a reciclagem desses jogadores não só para a seleção brasileira como também para voltar a Europa. Devido ao sucesso dessa atitude desses craques, a tendência é que outros craques brasileiros esquecidos na Europa possam voltar ao Brasil mesmo após a Copa do Mundo.

20 janeiro 2010

[ESPORTE] Por que Ronaldinho não joga bem na seleção?


Assistindo à boa fase de Ronaldinho no Milan todos ficaram animados em vê-lo na Copa do Mundo em Junho. Porém o craque tem um histórico de boas fases em clubes que ainda não foram vistas na seleção, mas por quê ? Para ter essa resposta temos que analisar as diferenças entre jogar nos dois times.


O primeiro fato é o entrosamento, no clube os jogadores jogam juntos uma temporada inteira, cerca de 50 jogos por ano fora os treinos mantendo sempre uma base. Na seleção o time titular muda várias vezes e em 4 anos não tem tantos jogos assim para criar um entrosamento similar.


Outro fator específico ao caso do Ronaldinho, talvez seria o fato de que ele teve mais sucesso com esquemas mais ofensivos. Com Rijkaard no Barcelona e Leonardo no Milan, Ronaldinho sempre jogou com liberdade tanto para flutuar pelos lados do campo como para não marcar. O resultado dessa estratégia foi o jogador sempre esperando a bola de rebote da sua defesa para partir em contra ataque, a principal arma do jogador. Na seleção brasileira, Ronaldinho é quase sempre colocado como armador, bem centralizado. E como manda a tradição a seleção joga cadenciando jogo, devagar, esperando para atacar e não se arriscando tanto. A consequência disso é que o jogador fica sempre preso no meio da marcação que se encontra sempre bem postada atrás da linha da bola.


A conclusão que é possível se tirar disso tudo é que Ronaldinho com certeza merece uma vaga na seleção, porém o estilo de jogo dele não se enquadra pelo proposto pelo técnico Dunga. Aliás o técnico já declarou em uma de suas primeiras entrevistas que gosta que se respeite a hierarquia dentro da seleção, ou seja, há certos jogadores que tem um crédito dentro da equipe e que não será qualquer contratempo, qualquer mudança que irá alterar o time formado desde 2007.

14 janeiro 2010

O futebol moderno


Em meio às comemorações do centenário do Corinthians, alguns torcedores (como este que vos escreve) protestam contra o aumento abusivo do preço dos ingressos. A diretoria corinthiana há algum tempo procura priorizar o marketing como uma fonte de renda. Para isso investe em produtos e patrocínios para o clube, já que com a imagem do Corinthians está em alta com a presença de nomes como Ronaldo e Roberto Carlos além do fato de se completar o centenário. Justificando assim o aumento do preço dos ingressos, que por um lado parece justo e normal.

Mas se voltarmos na história do Corinthians perceberemos que este foi fundado por quatro operários, portanto o povo. Em um começo díficil numa época de República oligárquica, onde tudo era controlado por uma minoria rica principalmente em São Paulo, o Corinthians começa a se destacar na várzea e ganha adesão popular. Disputando de igual para igual com os seus rivais formados por uma torcida da elite, o clube enfrenta preconceitos por ser o "time do povo". Passam-se os anos, o Corinthians cada vez mais ocupa os corações das classes mais pobres. Sua história é repleta de sofrimentos e voltas por cima, assim como a maioria de seus torcedores. Durante anos o Corinthians foi mantido e dirigido pelas camadas populares.

Hoje com o futebol cada vez mais se tornando um negócio lucrativo, a vontade de sua torcida está cada vez menos priorizada. Os clubes agoram buscam o lucro para que se compre mais jogadores de alto nível e se ganhe mais dinheiro com publicidade e direitos de imagem. No Corinthians não é diferente. O clube que foi criado pelos torcedores pobres e para eles, agora os priva de assistir aos seus jogos no estádio estabelecendo ingressos que beiram os R$50.