29 janeiro 2010

Censura na Venezuela

Na última semana, uma decisão de Hugo Chávez na Venezuela deu o que falar na imprensa. Muito por criticar um governo esquerdista, mas também para defender os colegas de profissão venezuelanos. Acontece que Hugo Chávez mandou simplesmente fechar duas emissoras, tendo COMO UM DOS MOTIVOS a não transmissão de um discurso seu. Os funcinários das emissoras fechadas foram às ruas para protestar a anti-democracia do governo.
A razão do fechamento de empresas desse tipo é que vão contra a revolução venezuelana. É inegável que o governo venezuelano caminha como um país do bloco comunista durante a guerra fria. Ele toma medidas para o povo, combate as desigualdades, melhora as condições de vida, mas precisa se proteger. Não podemos ter a ingenuidade de achar que os jornalistas censurados são vítimas nessa situação, eles usam de seu conhecimento e o seu dom da fala/escrita para manipular a população e coloca-la contra o governo. Para se proteger disso eles acabam tendo que apelar para a censura.
Não devemos achar também que isso é uma aberração que só acontece lá. Aqui ainda convivemos com abusos como esse. Basta observar os principais veículos de informação existentes no país e perceber que são na maior parte membros da direita. Mas nesse caso não é por ação do governo, mas por ação do próprio mercado. Os grandes empresários que investem e patrocinam é que fazem o sucesso das revistas. O mercado editorial tenta atrair esses empresários, então obviamente não vão critica-los, vão dar razão aos seus conceitos e suas idéias de direita. O resultado disso é que a visão política de esquerda fica frágil e indisposta de se propagar.
Não que eu ache que o presidente venezuelano esteja certo em agir dessa maneira. Particulamente gosto do foco que ele toma em seu governo beneficiando os menos favorecidos e expulsando o capital estrangeiro. Mas uma política assim, por mais certa que pareça para alguns pode não parecer para outros. Para isso existe a democracia que mesmo declarada por muitos países existentes em seus governos, ainda não foi completamente exercida nem em governos de esquerda nem de direita.

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