13 janeiro 2010

O fim do mundo está na moda


Nevascas no hemisfério norte, chuvas e enchentes no hemisfério sul, deslizamento em Angra, destruição em Paraitinga e agora terremoto no Haiti. Parece que alguém está tentando se manifestar. Os efeitos da poluição estão cada vez mais visíveis e o ano de 2010 começa com várias tragédias envolvendo problemas climáticos e, no caso do Haiti, fenomênos naturais.

O terremoto no Haiti acaba por acrescentar mais fatores para a miséria deste país. Várias construções foram destruídas, muitos desabrigados, muitos mortos e o pior de tudo é que o país não tem infra-estrutura necessária para atender os feridos. Nos EUA e na Europa as nevascas paralizam cidades inteiras, rodovias são interditadas, as pessoas não conseguem sair de casa e plantações são destruídas. No Brasil a época de chuvas parece mais forte do que em anos anteriores, as cidades não suportam o volume de água e vem as enchentes. Essa situação não atinge apenas quem está nessas áreas de riscos mas os que estão em zonas seguras também. Com a destruição de lavouras o preço dos alimentos sobem e em alguns casos até faltam. Deslizamentos de terra em rodovias paralizam o trânsito dos caminhões que trazem alimentos perecíveis e acabam estes estragando, aumentando ainda mais o preço dos produtos.

Apesar do temor de boa parte da população, das campanhas organizadas por ONG's, do interesse cada vez maior em filmes como "O dia depois de amanhã" e "2012" que tem um tom apocalíptico sobre os problemas de poluição, os governos pouco fazem para reverter a situação.

Há uma constante negação de países industrializados, como China, EUA e Japão, em diminuir a quantidade de poluentes lançados na atmosfera. E apesar da confirmação da crítica situação por parte de cientistas do mais alto escalão, os governantes negam o problema. O ser humano não consegue aliar desenvolvimento com preservação do meio ambiente. Projetos de energia limpa, reciclagem de lixo e produtos que agridem menos a natureza tem pouco apoio e acabam não conseguindo concorrer com os produtos convencionais. Reuniões para discutir esse assunto apresentam poucas mudanças como o caso do Protocolo de Kyoto no passado e mais recentemente a Conferencia de Compenhague.

Nessas próximas eleições escolhamos candidatos que deem a devida importância para esse assunto, pois esse já deixou de ser um alerta, um problema para o futuro. Ele já começa a ter consequencias no presente.

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