29 janeiro 2010

Crise e Xenofobia


Durante muito tempo mexicanos nos EUA e africanos na Europa ocuparam empregos de baixa renda que os cidadãos desses países rejeitavam. Oferecendo mão de obra à um preço baixo, ajudaram muitas empresas a aumentarem os lucros e consequentemente crescer. Pois bem, passada a crise com a declaração de falência de muitas empresas e demissões a oferta de empregos diminuiu. Com isso os salários tendem a baixar piorando a situação dos "patriotas" nascidos nesses países.

Então crescem movimentos xenóficos, e em alguns casos fascistas, atacando os estrangeiros e recebendo pouca ação policial para tentar impedi-los. Os policiais preferem reprimir os estrangeiros que aparentemente protestam pacificamente contra essas agressões. Os xenófobos tentam justificar tanta violência dizendo que esses estrangeiros estão prejudicando a condição de vida dos "nativos". Porém os "nativos" usaram de táticas piores há alguns anos atrás em relação aos estrangeiros. Grande parte do território que hoje pertence aos americanos era mexicano e foi anexado por meio de guerras. As guerras tinham um motivo: civilizar os mexicanos. Na Europa não foi muito diferente, as invasões em nome da "civilização" aconteceram na África, levaram miséria e mortes no continente. Hoje os "civilizados" se tornaram um problema e são agora negligenciados pelos governantes culpando e exigindo ações dos países de origem.

O imperialismo fez vítimas no passado, agora seus "crimes" parecem prescrever. As vítimas agoram não pendem indenizações nem nada, só pedem respeito, porém parece que seus agressores esqueceram o que é ser civilizado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário