
29 janeiro 2010
Crise e Xenofobia

Censura na Venezuela

A razão do fechamento de empresas desse tipo é que vão contra a revolução venezuelana. É inegável que o governo venezuelano caminha como um país do bloco comunista durante a guerra fria. Ele toma medidas para o povo, combate as desigualdades, melhora as condições de vida, mas precisa se proteger. Não podemos ter a ingenuidade de achar que os jornalistas censurados são vítimas nessa situação, eles usam de seu conhecimento e o seu dom da fala/escrita para manipular a população e coloca-la contra o governo. Para se proteger disso eles acabam tendo que apelar para a censura.
Não devemos achar também que isso é uma aberração que só acontece lá. Aqui ainda convivemos com abusos como esse. Basta observar os principais veículos de informação existentes no país e perceber que são na maior parte membros da direita. Mas nesse caso não é por ação do governo, mas por ação do próprio mercado. Os grandes empresários que investem e patrocinam é que fazem o sucesso das revistas. O mercado editorial tenta atrair esses empresários, então obviamente não vão critica-los, vão dar razão aos seus conceitos e suas idéias de direita. O resultado disso é que a visão política de esquerda fica frágil e indisposta de se propagar.
Não que eu ache que o presidente venezuelano esteja certo em agir dessa maneira. Particulamente gosto do foco que ele toma em seu governo beneficiando os menos favorecidos e expulsando o capital estrangeiro. Mas uma política assim, por mais certa que pareça para alguns pode não parecer para outros. Para isso existe a democracia que mesmo declarada por muitos países existentes em seus governos, ainda não foi completamente exercida nem em governos de esquerda nem de direita.
28 janeiro 2010
Tudo passa...!?

20 janeiro 2010
[ESPORTE] Por que Ronaldinho não joga bem na seleção?

19 janeiro 2010
O "temível" MST

17 janeiro 2010
Populismo

16 janeiro 2010
Petróleo x Liberdade

15 janeiro 2010
Humanitas tem fome, Humanitas quer comer

Após os terremotos ocorridos na última semana, a situação que já não era boa piorou. Sem ter o que comer a população fica perambulano pela cidade em busca de alimentos. Uma simples garrafa da água é disputada a tapas, supermercados são saqueados e a situação é de caos. Nesses momentos o ser humano larga a racionalidade de lado e passa a viver os seus instintos de sobrevivência.
Nunca fui a favor da força policial em nenhuma circunstância, porém agora vejo porque ela é necessária no Haiti. Não há meio de atender todas as pessoas, não há como se organizar se não for pela força. A situação do país mais pobre da América já estava nos limites da dignidade humana, agora já não resta mais ética alguma, a única coisa que interessa é sobreviver. Como dizia Quincas Borba:"Humanitas tem fome, humanitas precisa comer".
14 janeiro 2010
O futebol moderno
Em meio às comemorações do centenário do Corinthians, alguns torcedores (como este que vos escreve) protestam contra o aumento abusivo do preço dos ingressos. A diretoria corinthiana há algum tempo procura priorizar o marketing como uma fonte de renda. Para isso investe em produtos e patrocínios para o clube, já que com a imagem do Corinthians está em alta com a presença de nomes como Ronaldo e Roberto Carlos além do fato de se completar o centenário. Justificando assim o aumento do preço dos ingressos, que por um lado parece justo e normal.
Mas se voltarmos na história do Corinthians perceberemos que este foi fundado por quatro operários, portanto o povo. Em um começo díficil numa época de República oligárquica, onde tudo era controlado por uma minoria rica principalmente em São Paulo, o Corinthians começa a se destacar na várzea e ganha adesão popular. Disputando de igual para igual com os seus rivais formados por uma torcida da elite, o clube enfrenta preconceitos por ser o "time do povo". Passam-se os anos, o Corinthians cada vez mais ocupa os corações das classes mais pobres. Sua história é repleta de sofrimentos e voltas por cima, assim como a maioria de seus torcedores. Durante anos o Corinthians foi mantido e dirigido pelas camadas populares.
Hoje com o futebol cada vez mais se tornando um negócio lucrativo, a vontade de sua torcida está cada vez menos priorizada. Os clubes agoram buscam o lucro para que se compre mais jogadores de alto nível e se ganhe mais dinheiro com publicidade e direitos de imagem. No Corinthians não é diferente. O clube que foi criado pelos torcedores pobres e para eles, agora os priva de assistir aos seus jogos no estádio estabelecendo ingressos que beiram os R$50.
13 janeiro 2010
O fim do mundo está na moda

12 janeiro 2010
Nova Jersey legaliza uso medicinal da maconha

11 janeiro 2010
A NEP brasileira

10 janeiro 2010
Tapa na cara da Direita conservadora

O PNDH é um programa de 25 diretrizes das novas políticas do governo para o setor social. O projeto tem grande influência de Esquerda e foi asssinada por todos ministros com exceção do ministro da defesa, Nelson Jobim, e do ministro da agricultura, Reinhold Stephanes.
O motivo da oposição do projeto por parte dos ministros é bem óbvio. O ministério da defesa se opõe pois teme uma punição dos crimes cometidos pelos militares durante a ditadura, previstos nas diretrizes 23 e 24. Já o ministério da agricultura teme a diminuição da influência dos grandes proprietários de terra, com o apoio à causa do movimento dos sem terra o MST. Movimento esse que foi discriminado pela senadora Kátia Abreu ao chama-lo de "movimento criminoso que invade terras", o que não é verdade pois o MST sempre foi disposto de usar os métodos democráticos que temos acesso na sociedade. O MST de vítima da negligência passou a ser considerado um grupo terrorista responsável pela violência no campo, na verdade os responsáveis por essa violência são os próprios latifundiários que a usam para reprimir os pequenos produtores.
O PNDH pode representar um grande passo para a modernização dos direitos humanos no Brasil. O problema é que dificilmente será confirmado já que depende de aprovação no Congresso e esse ainda tem bases no clientelismo onde os deputados representam a vontade da elite conservadora. A Rede Globo indiscutivelmente é contra o PNDH e não o define, destaca apenas uma possível crise militar com a questão da comissão da verdade, na punição dos crimes cometidos pela Ditadura, e o fato de os dois ministros do próprio governo estarem contra o programa. Como encontrei dificuldades em achar uma definição do projeto em sites de noticías e pesquisa convencionais, resolvi fazer minha própria análise através do documento oficial disponível no site http://www.sedh.gov.br/ . Então aí vai um pequeno resumo de todas as diretrizes do programa divídido em seis áreas:
Área I: Interação entre Estado e sociedade
1.Interação democrática: a população terá mais controle sobre os órgãos públicos.
2.Promoção dos Direitos Humanos como orientador das políticas públicas: Governo mais preocupado com a melhoria da condição de vida do que com o enriquecimento do país.
3.Mecanismos de avaliação e monitoramento de informações em direitos humanos.
Área II: Desenvolvimento e direitos humanos
4. Efetivação do modelo de desenvolvimento sustentável: fortalecerá a agricultura familiar e produtores que conciliam desenvolvimento com proteção ao meio ambiente.
5. População omo objeto central de desenvolvimento: Defesa da dignidade humana e da concorrência, atingindo empresas que a controlam (unilever, hypermarcas e ambev).
6. Promover e proteger os direitos ambientais: maior fiscalização e adoção de leis que beneficiem o meio ambiente.
Área III: Diminuição das desigualdades
7. Garantia dos direitos de forma universal assegurando a cidadania: garantir os direitos básicos como educação, saúde, trabalho, etc.
8. Promoção dos direitos da criança e do adolescente.
9. Combate as desigualdades estruturais:garantir os direitos dos prejudicados ao longo da história como mulheres, negros e índios.
10. Igualdadade conciliada à diversidade cultural, sexual (héteros e gays) e fisíca.
Área IV: Segurança pública e combate à violência
11. Modernização do sistema de segurança: modernizar a gestão, a abordagem e profissionalizar investigadores de crimes.
12. Transparência e participação popular nos sistemas de segurança.
13. Prevenção da violência através de maior controle de armas, qualificação de investigadores e redução da violência motivada por diferenças.
15. Garantir o direito das vítimas de crimes e testemunhas.
16. Modernizar código penal priorizando penas alternativas à privação da liberdade.
17. Promoção dos direitos junto ao cidadão: fazer possível o cidadão conhecer seus direitos.
Área V: Educação e cultura
18 e 19. Efetivar e fortalecer os estudos dos direitos humanos em escolas formadoras e de ensino superior.
20. Reconhecimento na educação dos movimentos sociais em defesa e promoção dos direitos humanos.
21. Formação e qualificação dos servidores públicos em Direitos Humanos.
22. Garantia do direito à comunicação democrática e o cumprimentodo desenvolvimento humano na mídia.
Área VI : Direito à memória e à verdade
23. Reconhecimento da memória e da verdade das violações do Estado no regime militar.
24 e 25. Modernizar a legislação suprimindo normas remanescentes de períodos autoritários.
09 janeiro 2010
"Paz sem voz não é paz é medo"

08 janeiro 2010
Exploração nas estradas

Os pedágios aumentaram o custo das viagens para as pessoas que viajam pelo eixo Rio-São Paulo. De Campos, no extremo norte do Rio de Janeiro até a capital de São Paulo são exatamente dez postos de cobrança, os preços variam de R$7,00 a R$24,00 para automóveis. O pedágio é um exemplo da política neoliberal adotada há algum tempo no Brasil. Como o governo não consegue oferecer boas condições de tráfego nas rodovias,mesmo com a cobrança de altos impostos na compra e documentação de carros, ele passa a administração para uma empresa privada através de consórcios. O problema é que diferentemente do governo as empresas privadas não buscam o benefício da população mas sim o lucro, privando muitas vezes pessoas de baixa renda de trafegar nas principais rodovias brasileiras.
As melhorias se resumem a pintura de faixas, cobertura de buracos e limpeza de acostamento, além do serviço de S.O.S. para eventuais acidentes. Isso tende a diminuir o número de acidentes, modernizando as estradas e viabilizando a adequação delas ao aumento do fluxo de veículos. Porém essas transformações ainda parecem distantes de acontecer e fere a liberdade dos indivíduos diante do preço cobrado e das possibilidades de motoristas mais pobres.
Uma classe de trabalhadores que é lesada por essa política é a dos caminhoneiros. Com a instituição de pedágios no trecho que vem da divisa do Espiríto Santo com o Rio de Janeiro e vai até a ponte Rio-Niterói, o custo da viagem aumentou cerca de R$100,00 para ir e voltar. Só que o preço de mercado do frete não acompanhou esse aumento de custo, pelo contrário, o preço de frete vem diminuindo em decorrência das leis de mercado que reduzem o preço com a abundância de mão de obra. Para recuperar esse dinheiro muitos motoristas são forçados a trabalhar mais, cerca de 15 horas em um dia, e carregar pesos além do limite de seus veículos, causando maior número de acidentes e degradação das estradas. Esse fator acaba então se contrapondo ao propósito inicial de melhorar as condições de tráfego, além é claro de aumentar a exploração e a precariedade das condições de trabalho dos caminhoneiros. Eles são obrigados a tomar substâncias para se manterem acordados, diminuindo seus reflexos e podendo ocasionar acidentes por imprudência. O excesso de peso causa lentidão do transito, prejudica o asfalto, destrói o veículo desses trabalhadores que impossibilitados de consertá-los aumenta ainda mais o risco. Essa situação nos retorcede ao início da revolução industrial com tanta exploração do povo.
04 janeiro 2010
A história dos deslizamentos

02 janeiro 2010
Oligopólio da informação
O post de hoje é dedicado ao curta-metragem Intervozes-Levante sua voz. Ele é no mesmo estilo de edição de Ilha das flores, o curta premiadíssimo de Jorge Furtado, e fala sobre o oligopólio da informação no Brasil, sobretudo a dificuldade em conseguir uma concessão pública. O filme traz à tona questões como manipulação, alienação e ingenuidade da sociedade brasileira. Mostra também a dificuldade de se expressar para grandes massas, atingindo um público maior.
Um ótimo filme, polêmico e questionador. Destinado a todos seres humanos, dotados de telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor, que desejam ter uma noção maior da realidade brasileira.
29 dezembro 2009
Já vi esse filme

Foi executado nesta terça feira Akmar Shaikh, britânico de 53 anos. Ele havia tentado entrar na China com quatro quilogramas de Heroína em 2007. No país o crime tem pena de morte caso a quantidade ultrapasse as 50 miligramas. O primeiro ministro britânico Gordon Brown disse ter ficado chocado pela decisão da justiça chinesa em condenar um deficiente mental. Akmar foi o primeiro europeu condenado a morte na China desde 1951. A Inglaterra acusa ainda a China de desrespeitar os Direitos Humanos condenando um prisioneiro sem fazer exames de deficiência mental.
O que é de se estranhar é justamente o fato de que a própria Inglaterra não respeitou as leis chinesas a 150 anos atrás na Guerra do ópio, onde continuou fazendo vitímas chinesas ao continuar com a exportação do produto no país mesmo após a proibição do governo. A consequêcia para o país, além da destruição da guerra, foi a perda de sua principal cidade portuária Hong Kong. Na época não "existia" Direiros humanos que só foi assinado na década de 1940, mas a Inglaterra continuou com a posse da cidade até 1997. Os anos se passaram, mas a moralidade dos homens continuam a mesma, respeitam sempre suas próprias regras mesmo que para isso tenha que passar por cima dos direitos dos outros.
Dificilmente a mídia de massa irá lembrar desse fato. Não que a China esteja certa, mas com certeza haverá sensacionalismo em mostrar chineses como monstros e ingleses como vitímas e defensores dos direitos humanos.

28 dezembro 2009
Revolução cultural na TV paga
Nos intervalos de programação da TV paga brasileira passam propagandas como esta do vídeo. Nela representantes da ABTA e da ABPTA criticam o projeto de lei 29/07, que define cotas na programação da TV à cabo. Na verdade eles vão além, iniciando uma campanha contra essa lei numa tentativa de pressionar os deputados.
O projeto de lei determina que 40 % da programação da TV paga deve conter conteúdo nacional (como filmes, programas e documentários), sendo 10 % para cada canal, incluindo canais estrangeiros. Esse sistema de cotas visa uma nacionalização da Televisão, tanto no setor econômico como no cultural. Tenta-se acabar com a entrega da programação ao capital estrangeiro como ocorre nos cinemas, onde predomina o cinema americano colocando os filmes nacionais em segundo plano. Lembra também a revolução cultural chinesa promovida por Mao Tsé-tung, em que grande parte da cultura chinesa era baseada na cultura ocidental. Mao proibiu a difusão da cultura estrangeira que com alguma escala pode ser comparada com a limitação aqui no Brasil. A polêmica se justifica no fato da baixa qualidade das produções brasileiras em relação às estrangeiras. O sistema de cotas disfarça o problema mas não o melhora, contrapondo as leis mundiais de livre comércio que adota o livre comércio. O sistema de cotas, obiviamente, é diferente de subsídios para beneficiar produções nacionais, interfere mais forte estabelecendo um limite para a importação de programas.
O projeto de lei desagrada tanto a TV aberta quanto a fechada. A TV aberta quer manter o seu monopólio com a exibição de programas nacionais e o seu maior mercado, haja vista que tem mais condições de chegar em áreas de difícil acesso do que a TV à cabo. A TV paga deseja a liberdade de programação e adota o slogan: "eu pago, eu escolho o que quero assistir". O que é incoerente pois o telespectador não escolhe a programação que deseja. Ele escolhe um pacote de canais em que sequer pode selecionar seus canais preferidos, tendo que muitas vezes comprar canais que não o interessa para ter todos os seus preferidos.
O projeto é favorável a cultura brasileira com um aumento do público. Mas não por ser melhor que a estrangeira mas pela "determinação" do governo. O assunto continuará a gerar polêmica pois para muitos interfere na liberdade mas para outros significa a nacionalização da cultura. Tudo depende do ponto de vista.
27 dezembro 2009
Terrorismo nos EUA em boa hora

8 anos após os ataques de 11 de setembro o EUA volta a sofrer com ações terroristas. Desta vez não houve vitímas, devido ao fato do terrorista ter sido dominado pela própria tripulação. Mas as coincidências vão além de ter sido planejada pela Al-Quaeda, do líder Osama Bin Laden cuja família sempre teve boas relações com os EUA. Novamente o ataque se dá num momento em que o povo americano está meio decepcionado com seu presidente. Em 2001 George W. Bush apresentava baixos índices de popularidade e os elevou após os atentados. Neste ano Barack Obama estava com uma ligeira desconfiança dos norte americanos, após o êxtase da sua campanha. O acontecimento aconteceu justamente num momento em que se discutia o corte de gastos contra ataques terroristas e a retirada das tropas americanas no Iraque.
Os EUA alegaram que não planejam enviar um grande número de soldados para a região, como fizeram no Iraque. Entretanto, a presença de tropas norte-americanas causará a militarização do continente, possibilitando a deflagração de outra guerra em busca do controle dos recursos naturais estratégicos, como ocorreu no Iraque, com implicações muito maiores e mais perigosas.(...)" World Socialist Web Site (wsws.org)